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Leia o texto e, a seguir, responda as questões 1 e 2.
Manifesto da Poesia Pau-Brasil
A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos. [...]
A nunca exportação de poesia. A poesia anda oculta nos cipós maliciosos da sabedoria.
Nas lianas da saudade universitária. [...]
A Poesia para os poetas. Alegria dos que não sabem e descobrem. [...]
A Poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma criança. [...]
A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos.
Não há luta na terra de vocações acadêmicas. Há só fardas. Os futuristas e os outros.
Uma única luta – a luta pelo caminho. Dividamos: Poesia de importação. E a Poesia Pau-Brasil, de exportação. Houve um fenômeno de democratização estética nas cinco partes sábias do mundo. Instituíra-se o naturalismo. Copiar. Quadros de carneiros que não fosse lã mesmo, não prestava. A interpretação no dicionário oral das Escolas de Belas Artes queria dizer reproduzir igualzinho... Veio a pirogravura. As meninas de todos os lares ficaram artistas.
Apareceu a máquina fotográfica. E com todas as prerrogativas do cabelo grande, da caspa e da misteriosa genialidade de olho virado – o artista fotógrafo. [...]
O trabalho contra o detalhe naturalista – pela síntese; contra a morbidez romântica – pelo equilíbrio geômetra e pelo acabamento técnico; contra a cópia, pela invenção e pela surpresa. [...] Nossa época anuncia a volta ao sentido puro.
Um quadro são linhas e cores. A estatuária são volumes sob a luz.
A Poesia Pau-Brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas, um sujeito magro compondo uma valsa para flauta e a Maricota lendo o jornal. No jornal anda todo o presente.
Nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. Ver com olhos livres. [...] Uma visão que bata nos cilindros dos moinhos, nas turbinas elétricas; nas usinas produtoras, nas questões cambiais, sem perder de vista o Museu Nacional. Pau- Brasil. [...]
O trabalho da geração futurista foi ciclópico. Acertar o relógio império da literatura nacional.
Realizada essa etapa, o problema é outro. Ser regional e puro em sua época. [...].
Disponível em: . Acesso em: 10 nov. 2016 (adaptado ).
D1 Questão 01 ––––––––––––––––––––––––––◊
De acordo com o texto houve um fenômeno de
(A) “literatura nacional”.
(B) “morbidez romântica”.
(C) “exportação de poesia”.
(D) “vocações acadêmicas”.
(E) “democratização estética”.
D18 Questão 02 ––––––––––––––––––––––––––◊
No texto a expressão “Ver com olhos livres” sugere
(A) libertação de preconceitos.
(B) visão da realidade regional.
(C) admiração da simplicidade natural.
(D) libertação de regras e normas antigas.
(E) desejo de desordem do período modernista.
D21 Questão 03 ––––––––––––––––––––––––––◊
Leia os textos e, a seguir, responda.
Texto I
A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de 1988. Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas.
Texto II
O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno proprietário de loja: quanto menor o negócio, mais difícil de manter, pois tem de ser produtivo e os encargos são difíceis de arcar. Sou a favor de propriedades produtivas e sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma empresa produtiva que gere emprego é muito mais barato e gera muito mais do que apoiar a reforma agrária.
Disponível em:
br/exercicios-geografia/exercicios->. Acesso em: 10 nov. 2016 (adaptado).
As opiniões dos autores do texto I e II em relação à reforma agrária são
(A) idênticas.
(B) divergentes.
(C) convergentes.
(D) ultrapassadas.
(E) complementares.
Leia o texto e, a seguir, responda as questões 4 e 5.
VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA
Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
*alcaloide: substância química encontrada nas plantas que, entre outros fins, serve para a fabricação de drogas.
Disponível em:
3949186>. Acesso em: 10 nov. 2016 (adaptado).
D6 Questão 04 ––––––––––––––––––––––––––◊
O texto tem como tema central a
(A) amizade com o rei.
(B) saudade da infância.
(C) vida e suas aventuras.
(D) civilização e sua tecnologia.
(E) evasão para uma outra realidade.
D13 Questão 05 ––––––––––––––––––––––––––◊
A linguagem que predomina no texto é
(A) técnica.
(B) literária.
(C) regional.
(D) informal.
(E) científica.
Leia o texto e, a seguir, responda as questões 6, 7, 8, 9 e 10.
[Resenha] O Pequeno Príncipe
Antoine de Saint Exupéry
O Pequeno Príncipe é uma bela história de reflexão e aprendizado. Com uma escrita fluída e simples, que envolve desde o público infantil até o mais maduro, o autor incita o leitor a reavaliar seus valores, levando-o a repensar as verdadeiras riquezas da vida. Amor, amizade, trabalho, dinheiro, política... O quanto esses itens são fundamentais em nossas vidas? Quais deles são – ou devem ser – nossas reais prioridades? Guiados pelo coração bondoso de uma criança, um pequeno príncipe que veio de muito longe, reaprendemos que o sentido da vida está nas pequenas coisas; que o essencial é invisível aos olhos.
A trama gira em torno das experiências do Pequeno Príncipe, um jovem que sai de seu planeta e segue viajando em busca de novos mundos e de inúmeras descobertas. – Ele quer saber e aprender cada vez mais! Em uma de suas andanças o jovenzinho vai parar na Terra, mais especificamente no meio do deserto, local em que encontra um piloto perdido após um pouso complicado. Enquanto o piloto tenta consertar seu avião, ele e o pequeno príncipe criam um forte laço de amizade, compartilhando histórias e aprendizagens. O pequenino, com seu coração puro e seu instinto curioso, leva o piloto – e o próprio leitor – a pensar sobre as certezas da vida. É na simplicidade dessa criança, que compreende a beleza de uma estrela e o valor de uma única flor, que aprendemos a enxergar a vida sob um novo olhar.
O que torna o livro O Pequeno Príncipe um clássico que perpetua entre gerações é sua atemporalidade. As mensagens por trás da leitura não são apenas frutos da escrita do autor, mas sim da interpretação do leitor, que dependendo da fase que está vivendo encarará a leitura de uma maneira diferente. Trata-se de uma história poética que fala sobre nosso dia a dia, sobre nossos amores, nossas amizades, nossa ganância e nossos erros tão comuns e repetitivos: o homem que não vê com o coração, que só se importa com o trabalho, que só cultiva o dinheiro, que não tem bons amigos e, principalmente, o homem que não é capaz de manter viva a criança dentro de si. São infinitas as passagens reflexivas da obra. (...)
É impossível não amar esse livro por causa das reflexões que ele gera. Mas é inegável que o grande diferencial da obra está no fato de cada leitor interpretá-la de uma maneira, de cada um ser tocado de uma forma única. Ouso dizer que a leitura nos faz refletir exatamente a respeito daquilo que mais duvidamos, é como se o livro falasse com o leitor. Portanto, só lendo para saber o quão valiosa é essa obra. Outro ponto importante é lê-la de coração aberto. Esse é o tipo de livro que precisa ser degustado aos poucos, só assim a leitura será completa e nenhum pouco superficial. Além de um texto rico a edição luxo publicada pela Geração Editorial está lindíssima. Fiquei encantada com o capricho das ilustrações e os detalhes que acompanham cada página. (...)
Ela foi escrita em meio à segunda guerra mundial e, antes de qualquer coisa, é um reflexo das experiências, dos medos e das esperanças do autor e piloto Antoine de Saint-Exupéry. Fiquei completamente apaixonada por suas palavras e pela maneira como elas refletem, mesmo sem querer, um cenário mundial devastado pela podridão dos homens.
Eis um livro completamente apaixonante! Sem dúvida o indico para todos os amantes das palavras que aquecem e acalmam o coração.
Disponível em:
nha-o-pequeno-principe-antoine-de.html#.WC42u7IrLIU>. Acesso em: 10 nov. 2016 (adaptado).
D12 Questão 06 ––––––––––––––––––––––––––◊
A finalidade desse texto é
(A) narrar uma história.
(B) relatar uma viagem.
(C) apresentar uma obra.
(D) opinar sobre um fato.
(E) descrever um episódio.
D2 Questão 07 ––––––––––––––––––––––––––◊
No fragmento “ – Ele quer saber e aprender cada vez mais!”, a palavra “Ele” refere-se a
(A) leitor.
(B) jovem.
(C) planeta.
(D) sentido.
(E) coração.
D2 Questão 08 ––––––––––––––––––––––––––◊
No trecho “A trama gira em torno das experiências do Pequeno Príncipe, um jovem que sai de seu planeta e segue viajando em busca de novos mundos e de inúmeras descobertas. ”, a palavra “trama” substitui
(A) escrita.
(B) história.
(C) política.
(D) reflexão.
(E) amizade.
D2 Questão 09 ––––––––––––––––––––––––––◊
No trecho “É impossível não amar esse livro por causa das reflexões que ele gera. Mas é inegável que o grande diferencial da obra está no fato de cada leitor interpretá-la de uma maneira, de cada um ser tocado de uma forma única.”, o termo “la” refere-se à
(A) obra.
(B) criança.
(C) ganância.
(D) leitura.
(E) história.
D15 Questão 10 ––––––––––––––––––––––––––◊
No fragmento “Mas é inegável que o grande diferencial da obra está no fato de cada leitor interpretá-la de uma maneira, de cada um ser tocado de uma forma única.”, a palavra “mas” estabelece uma ideia de
(A) adição.
(B) condição.
(C) oposição.
(D) conclusão.
(E) proporção.
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