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30 de junho de 2017

UMA LEITURA , APENAS UMA LEITURA !!

SOMENTE A DOR É CAPAZ DE SARAR
Todos nós viveremos momentos de reviravoltas em nossas vidas. Quando o que era já não é mais. São momentos que definirão caminhos e sonhos, e que também ajudarão a definir quem somos.
Isso aconteceu comigo este ano, mas também já havia acontecido com outras amigas em outros momentos. Seja uma doença ou uma perda, todos esses momentos ajudam a definir o que queremos fazer nessa vida e deixam claro o nosso propósito.
Muitas vezes, confundidos pela rotina atarefada que nos faz ligar o automático, como se fôssemos máquinas produzidas em Westworld,  acabamos buscando coisas que não são nossas e que estão distantes do nosso propósito, daquilo que realmente será capaz que nos preencher de alegria.
Muitas vezes, separamos os fins dos meios e esquecemos que “viver é significativo em si mesmo”, como diria Osho, e não há como nos separar (nossa alma!) dos nossos objetivos internos. Daquilo que irá fazer nosso coração sorrir e que pouco tem a ver com bens materiais e vitórias.
O momento de reviravolta é um lembrete: você não está na sua estrada. E, querendo ou não, somos obrigados a olhar pra dentro e enxergar o que realmente somos e o caminho que nos pertence. Por isso, não são momentos fácies. Exigem calma, paciência e muita serenidade. Enxergar o que está dentro de nós também significa enxergar nossos defeitos, nossos erros, e tudo aquilo que dói.
Nós não gostamos de doer.
Mas somente a dor é capaz de nos fazer sarar.
Em meio a um turbilhão, naquele pequeno espaço de tempo (que pode durar uma eternidade!), nossas virtudes são potencializadas e a clareza nos permite encontrar, aos poucos, sem pressa, os nossos caminhos. Lúcidos, escolhemos não apenas o que queremos, mas o que de fato a faz a nossa alma brilhar. Não há então outra sensação capaz de nos florir, apenas a paz do encontro: entre nós e nós mesmos.

A UMA TURMA DE ENSINO MÉDIO QUE ACHOU MELHOR NÃO PRODUZIR TEXTOS, PELO MENOS A MAIORIA, LASTIMÁVEL!!!!

SE TODO ANIMAL INSPIRA TERNURA, O QUE HOUVE, ENTÃO, COM OS HOMENS?
Com toda a certeza vocês tiveram acesso àquela triste notícia do golfinho que foi assassinado por seres humanos que o retiraram da água para uma selfie. Assim como também tiverem acesso às tiradas brasileiras humorísticas a respeito do tema, dentre as quais a minha preferida foi “imagina que louco se um golfinho pegasse um bebê humano pra tirar uma selfie embaixo d’água?”. É, seria cômico se não fosse trágico.
Para celebrar a ignorância humana e refrescar nossa memória, também vale a pena lembrar outra notícia triste envolvendo a natureza e monstros, ops, pessoas. Lembram quando em setembro do ano passado um grupo de turistas, por meio de um evento “organizado” previamente no facebook, se reuniu na Praia Ostional, na Costa Rica para “ver” uma desova de tartarugas, e, é claro, causou um enorme desastre impedindo que a desova ocorresse??!
Pois bem, esses fatos isolados causados por pessoas mal informadas, – prefiro pensar isso a pensar que são seres cruéis e sem noção da vida -, geraram imensa comoção no facebook e viraram inclusive notícia de jornal. E é aí que começa o paradoxo constante da nossa sociedade, que como muito bem define Zygmunt Bauman, é liquida. (Para os que não conhecem esse conceito ou esse autor, recomendo que leiam com urgência. Tô falando sério.)
Acontece que muitas pessoas que condenaram os turistas que tiraram fotos com o golfinho, pagariam para assistir as atrações no SeaWolrd ou para tirar fotos com cobras envolta do pescoço. Sem o menor peso na consciência, tais pessoas, adorariam manusear tartarugas marinhas, passear ao lado de leões, e, é claro, subir no dorso dos amáveis elefantes e dar uma voltinha tranquila e suave tirando fotos das alturas com um ângulo perfeito para postar no instagram. Isso sem falar dos que são loucos por rodeios, por vaquejadas e afins
Gente, desculpa dizer isso, mas pelo menos para os animais, a diferença entre as notícias que citei acima e as práticas turísticas que citei abaixo, é zero. Aliás, minto! Na segunda hipótese, por não ser um fato isolado, é ainda pior. Os animais utilizados para apresentações, passeios e atrações turísticas, são constantemente torturados, mantidos em um espaço muito aquém do necessário para satisfazer suas necessidades básicas, submetidos a treinamentos desgastantes todos os dias e descartados de maneira cruel quando deixam de gerar lucro ou quando apresentam alguma enfermidade em decorrência do trabalho pesado.
E o que leva então à nossa seletividade para o que é certo ou errado? Ou para o que é mais reprovável e menos reprovável? O fato de o golfinho estar numa piscina de poucos metros cúbicos nos dá a ideia de que ele não está sofrendo? O quão divertido deve ser passear pela floresta com uma cadeira de madeira nas costas cheia de seres humanos, não é mesmo? Imagina que louco ser dopada todos os dias para ficar de “boinha” e posar pra fotos nas costas de geral?
É imperioso repensar nossas atitudes e aquilo que consideramos natural e aceitável. Hoje em dia só o que vemos nas redes sociais é a distribuição gratuita de xingamentos, ofensas e julgamentos. Uma guerra de todos contra todos. Em lugar onde apontar o dedo é moda, a autocrítica é deixada de lado e o aprofundamento nas questões a que se pretende discutir é totalmente desconsiderado.
É claro que essas notícias causam revolta. Claro que dá vontade de concordar com o que falou Umberto Eco (rip) a respeito das redes sociais. Mas até que ponto a nossa empatia pelos animais é real, verdadeira? O que efetivamente nós estamos fazendo para evitar que surjam mais notícias como essa?Parafraseando Freud, qual a nossa responsabilidade na desordem da qual nos queixamos? Em que ponto estamos contribuindo com informação que seja útil? Disseminar o ódio, o rancor e a repudia, na minha humilde opinião, piora e muito a situação que já é caótica. O grande lance é disseminar informação verdadeira, canais de pesquisa. É ter sede de conhecimento e despertar a curiosidade.
Na encíclica sobre o meio ambiente, o Papa enfatiza muito a questão do cuidado da nossa casa comum. Vejam bem, nossa casa comum. Casa de todos, na qual todos somos responsáveis.  E já que intitulei esse texto com uma frase de Guimarães Rosa, vou conclui-lo na mesma lógica. “A gente vive muito em voz alta, mas às vezes a gente não se ouve.”

29 de junho de 2017

LER - LER




Ontem, dia 28 de junho, foi comemorado o dia mundial do orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros), uma comunidade que representa uma minoria que é alvo de homofobia, preconceito e discriminação em todo o mundo. A luta pelo reconhecimento de direitos civis como casamento civil, herança, dependência em planos de saúde, adoção de crianças e adolescentes entre outros marcam a sociedade como um todo com lições de respeito e, no caminho contrário, há ainda quem pense que trata-se de uma doença.
O dia 28 de junho foi instituído no mundo todo como o dia mundial do orgulho LGBT por conta de um acontecimento ocorrido em Nova Iorque, Estados Unidos, neste mesmo dia, no ano de 1969. Na ocasião, um grupo da comunidade LGBT enfrentou policiais em um bar por eles fazerem constantes abordagens no local, o que gerou uma perseguição que durou duas noites e, no ano seguinte, em 1970, aconteceu a primeira parada gay nos Estados Unidos e no mundo.
Por toda esta importância histórica, social e cultural, aproveitamos o dia de ontem para abordar a comunidade LGBT como um dos possíveis temas na prova de redação do ENEM 2017 sob diversos aspectos, como por exemplo, discussão de gênero nas escolas, como combater a homofobia no Brasil, o acesso à educação e ao mercado de trabalho por travestis, transexuais e transgêneros dentre outros.
Acreditamos ser esta uma abordagem possível de ser feita pela banca elaboradora na prova do ENEM pelo exame, desde 2014, estar apontados temas de suma importância e que miram as minorias, como por exemplo, a violência contra a mulher, a intolerância religiosa e o racismo.
Além disso, infelizmente, o Brasil é um país homofóbico, pois, segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), uma pessoa da comunidade LGBT é morta no país a cada 25 horas, sendo que a região que apresenta os maiores índices de mortes deste tipo é a região Norte.
Assassinar uma lésbica, um gay, um travesti, um transexual ou uma pessoa transgênero pela sua condição é considerado crime de ódio, ou seja, é um crime motivado pela homofobia. No ano passado, em 2016, 343 pessoas da comunidade LGBT brasileira foram mortas, isso sem contar as mortes não registradas como motivadas pela homofobia, um grave problema apontado pelo GGB, que há 37 anos compila dados sobre o assunto. As maiores vítimas são os homens gays, seguidos dos transexuais; já em relação a idade, a faixa etária predominante das vítimas está entre os 19 e os 30 anos de idade.
O preconceito e a discriminação começam em casa, no seio familiar, e seguem para a escola e posteriormente para o mercado de trabalho. Assumir-se lésbica, gay, travesti ou transexual é, primeiramente, uma batalha interna e depois uma batalha com os familiares, já que muitos, quando assumem, são expulsos de casa, pois muitas pessoas consideram tal condição como doença.
Aliás, neste sentido, o termo “homossexualismo” não é mais usado, pois o sufixo –ismo denota doença; as palavras mais adequadas são “homossexualidade” e “homoafetividade” e, ainda a expressão “relação homoafetiva”, na qual o sufixo –afetiva significa “afeto”, muito melhor do que doença. Até os anos 70 realmente esta condição era considerada doença e muitos países africanos, por exemplo, condenam práticas homossexuais como crimes.
Na Inglaterra, inclusive, o pai da computação, Alan Turing, que decifrou códigos criptografados dos alemães na Segunda Guerra Mundial, foi condenado por ser homossexual. Para não ser preso, aceitou ser castrado quimicamente. Ele morreu em 1954 por envenenamento e há uma tese de que foi suicídio devido à castração. Em 2013, a rainha do Reino Unido, Elizabeth II, concedeu o perdão real a Turing, 60 anos após a sua morte.
Já no Brasil, pessoas da comunidade LGBT são discriminadas, excluídas, alvos de bullying desde quando estão se descobrindo, na adolescência e às vezes na infância. No mercado de trabalho não é diferente. Muitas dessas pessoas optam pela prostituição por falta de opção, pois não conseguem empregos por preconceito. Segundo pesquisas do Ministério dos Direitos Humanos, 36% das violações aos direitos humanos no Brasil ocorrem com a comunidade LGBT.
Há quem diga que as questões acerca da sexualidade humanas estão complicadas atualmente, que estão inventando “muita moda”; na verdade é agora que estamos começando a entender a complexidade da sexualidade humana que até pouco tempo era binária, isto é, homem e mulher heterossexuais e cis.
A discussão desta complexidade com o intuito de educar e orientar crianças e jovens em idade escolar a fim de promover o respeito à diversidade é o que propõe o debate sobre gênero nas escolas, o que alguns políticos denominam erroneamente como “ideologia de gênero“. A comunidade LGBT não quer influenciar as crianças e os adolescentes, não quer transformar todos em relação a sua orientação sexual e ao seu gênero e sim promover educação e respeito.
Para esta discussão ficar mais clara, vamos explicar alguns termos usados nesse sentido:
  • sexo biológico: masculino, feminino e intersex (os popularmente chamados de hermafroditas, pessoas que nascem com formações biológicas de ambos os sexos biológicos);
  • orientação sexual: atração sexual, isto é, ser heterossexual, bissexual ou homossexual;
  • identidade de gênero (não tem a ver com orientação sexual):
    1. cisgênero: pessoas que se identificam com seu sexo biológico;
    2. travestis/transexuais/transgêneros: pessoas que não se identificam com seu sexo biológico;
      1. homen trans: sexo biológico feminino, mas identidade de gênero masculina
      2. mulher trans: sexo biológico masculino, mas identidade de gênero feminina
  • expressão de gênero:
    1. o esperado pela sociedade, o padrão;
    2. quebra do padrão.
Os travestis, transexuais e os transgêneros são as maiores vítimas de homofobia dentre a comunidade LGBT; segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos as mulheres trans são os maiores alvos, somando 73%, resultando em uma expectativa de vida de apenas 35 anos de idade (a média geral brasileira é de 75 anos). Já segundo a Associação Nacional dos Travestis e dos Transexuais, 90% destas pessoas se prostituem, um número diretamente ligado à evasão escolar, exclusão social e desemprego.
O programa Fantástico, em março deste ano, exibiu uma série de reportagens intitulada “Quem sou eu?”, a qual explica o que a ciência já sabe sobre o assunto, as fases da vida que as pessoas trans passam, os preconceitos, as discriminações, a homofobia etc.
Nesse sentido, não só para estudar para a prova de redação do ENEM, mas também para se informar e se conscientizar, que incentivamos a busca de conhecimento acerca da luta e do combate à homofobia pela comunidade LGBT; aliás, esta luta é de todos nós a fim de vivermos em uma sociedade respeitosa às diferenças, num convívio pacífico, harmonioso e amistoso entre as pessoas.

27 de junho de 2017

TEMA DE REDAÇÃO

A capacidade da internet de empoderar o indivíduo

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A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema A capacidade da internet de empoderar o indivíduo. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
internet
TEXTO II
internet2

TEXTO III
Na minha opinião, um dos efeitos mais importantes da web é dar às pessoas mais condições de cobrar responsabilidade de empresas, governos e outros atores sociais. O acesso às informações do mundo inteiro e a capacidade de passá-las adiante foram durante séculos controlados pelos mais ricos e bem-educados. Ao derrubar muitas das barreiras entre as pessoas e a informação, a internet efetivamente democratizou o acesso ao conhecimento humano, tornando-o disponível para todos. Uma criança de Salvador poderá analisar livros da Biblioteca Bodleian, em Oxford, como se fosse aluno daquela universidade. […] A internet vai muito além de melhorar o funcionamento dos mercados. Acima de tudo, ela abriu espaço para as comunidades de todos os tipos. Eleitores e políticos se comunicam diretamente uns com os outros. Novas avenidas de auto-expressão garantem que uma voz individual atinja um público global. Preservar esses benefícios deveria estar entre as prioridades mais altas da agenda social e econômica do planeta.
 TEXTO III
Com o dinheiro de milhares de desconhecidos, projetos que pareciam impossíveis estão saindo do papel. O segredo: os financiadores não querem lucrar – entram nessa pela ideia e pelo ideal.
Espaços verdes
Outra onda no mundo do crowdfunding é aumentar os espaços verdes em centros urbanos. Com US$ 23 mil, um pessoal do Brooklyn, em Nova York, construiu uma horta de 4 mil m² no topo de um prédio. Com US$ 27 mil, dois amigos transformaram um caminhão em estufa e viajaram o país dando aulas de agricultura.
 TEXTO IV
Com a democratização do acesso à internet e a ascensão das redes sociais, as pessoas passaram a ser difusoras de conteúdo. Para a geógrafa Neli de Mello-Théry, o uso da web pela sociedade para cobrar o poder público é uma forma de exercer a cidadania. […] Para João Ramirez, co-criador da campanha Floresta Faz a Diferença*, estamos vivenciando uma mudança de paradigma na web: do comercial para o social. “As pessoas hoje se engajam por mudanças. Não é mais apenas para conversar, ler fofoca e buscar conteúdo”, falou.

TEMA DE REDAÇÃO, TREINO É IMPRESCINDÍVEL!

Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de servir-se de seu próprio entendimento sem direção alheia. O homem é o próprio culpado dessa menoridade quando ela não é causada por falta de entendimento, mas, sim, por falta de determinação e de coragem para servir-se de seu próprio entendimento sem a tutela de um outro. Sapere aude!** Ousa fazer uso de teu próprio entendimento! Eis o lema do Esclarecimento.
A preguiça e a covardia são as causas de que a imensa maioria dos homens, mesmo depois de a natureza já os ter libertado da tutela alheia, permaneça de bom grado a vida inteira na menoridade. É por essas mesmas causas que, com tanta facilidade, outros homens se colocam como seus tutores. É tão cômodo ser menor. Se tenho um livro que faz as vezes de meu entendimento, se tenho um diretor espiritual que assume o lugar de minha consciência, um médico que por mim escolhe minha dieta, então não preciso me esforçar. Não tenho necessidade de pensar, se é suficiente pagar. Outros se encarregarão, em meu lugar, dessas ocupações aborrecidas.
A imensa maioria da humanidade considera a passagem para a maioridade, além de difícil, perigosa, porque aqueles tutores de bom grado tomaram-na sob sua supervisão. Depois de terem, primeiramente, emburrecido seus animais domésticos e impedido cuidadosamente essas dóceis criaturas de darem um passo sequer fora do andador de crianças em que os colocaram, seus tutores mostram-lhes, em seguida, o perigo que é tentarem andar sozinhos. Ora, esse perigo não é assim tão grande, pois aprenderiam muito bem a andar, finalmente, depois de algumas quedas. Basta uma lição desse tipo para intimidar o indivíduo e deixá-lo temeroso de fazer novas tentativas.
Immanuel Kant
* Para o excerto aqui apresentado, foram utilizadas as traduções de Floriano de Sousa Fernandes, Luiz Paulo Rouanet e Vinicius de Figueiredo.
** Sapere aude: cit. lat. de Horácio, que significa “Ousa saber”.
Estes são os parágrafos iniciais de um célebre texto de Kant, nos quais o pensador define o Esclarecimento como a saída do homem de sua menoridade, o que este alcançaria ao tornar-se capaz de pensar de modo livre e autônomo, sem a tutela de um outro. Publicado em um periódico, no ano de 1784, o texto dirigia-se aos leitores em geral, não apenas a especialistas.
Em perspectiva histórica, o Esclarecimento, também chamado de Iluminismo ou de Ilustração, consiste em um amplo movimento de ideias, de alcance internacional, que, firmando-se a partir do século XVIII, procurou estender o uso da razão, como guia e como crítica, a todos os campos da atividade humana. Passados mais de dois séculos desde o início desse movimento, são muitas as interrogações quanto ao sentido e à atualidade do Esclarecimento.
Com base nas ideias presentes no texto de Kant, acima apresentado, e valendo-se tanto de outras informações que você julgue pertinentes quanto dos dados de sua própria observação da realidade, redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha o seu ponto de vista sobre o tema - O homem saiu de sua menoridade?

Instruções:

  • A redação deve ser uma dissertação, escrita de acordo com a norma padrão da língua portuguesa.

  • Escreva, no mínimo, 25 linhas, com letra legível.

  • Não ultrapasse o espaço de 30 linhas da folha de redação.

  • Dê um título a sua redação.

REDAÇÃO NOTA MIL ENEM 2016 - LEIAM

Profecia futurística
Em meados do século passado, o escritor austríaco Stefan Zweig mudou-se para o Brasil devido à perseguição nazista na Europa. Bem recebido e impressionado com o potencial da nova casa, Zweig escreveu um livro cujo título é até hoje repetido: “Brasil, país do futuro”. Entretanto, quando se observa a deficiência das medidas na luta contra a intolerância religiosa no Brasil, percebe-se que a profecia não saiu do papel. Nesse sentido, é preciso entender suas verdadeiras causas para solucionar esse problema.
A princípio, é possível perceber que essa circunstância deve-se a questões políticas-estruturais. Isso se deve ao fato de que, a partir da impunidade em relação a atos que manifestem discriminação religiosa, o seu combate é minimizado e subaproveitado, já que não há interferência para mudar tal situação. Tal conjuntura é ainda intensificada pela insuficiente laicidade do Estado, uma vez que interfere em decisões políticas e sociais, como aprovação de leis e exclusão social. Prova disso, é, infelizmente, a existência de uma “bancada evangélica” no poder público brasileiro. Dessa forma, atitudes agressivas e segregacionistas devido ao preconceito religioso continuam a acontecer, pondo em xeque o direito de liberdade religiosa, o que evidencia falhas nos elementos contra a intolerância religiosa brasileira.
Outrossim, vale ressaltar que essa situação é corroborada por fatores socioculturais. Durante a formação do Estado brasileiro, a escravidão se fez presente em parte significativa do processo; e com ela vieram as discriminações e intolerâncias culturais, derivadas de ideologias como superioridade do homem branco e darwinismo social. Lamentavelmente, tal perspectiva é vista até hoje no território brasileiro. Bom exemplo disso são os índices que indicam que os indivíduos seguidores e pertencentes das religiões afro-brasileiras são os mais afetados. Dentro dessa lógica, nota-se que a dificuldade de prevenção e combate ao desprezo e preconceito religioso mostra-se fruto de heranças coloniais discriminatórias, as quais negligenciam tanto o direito à vida quanto o direito de liberdade de expressão e religião.
Torna-se evidente, portanto, que os caminhos para a luta contra a intolerância religiosa no Brasil apresentam entraves que necessitam ser revertidos. Logo, é necessário que o governo investigue casos de impunidade por meio de fiscalizações no cumprimento de leis, abertura de mais canais de denúncia e postos policiais. Além disso, é preciso que o poder público busque ser o mais imparcial (religiosamente) possível, a partir de acordos pré-definidos sobre o que deve, ou não, ser debatido na esfera política e disseminado para a população. Ademais, as instituições de ensino, em parceria com a mídia e ONGs, podem fomentar o pensamento crítico por intermédio de pesquisas, projetos, trabalhos, debates e campanhas publicitárias esclarecedoras. Com essas medidas, talvez, a profecia de Zweig torne-se realidade no presente.

26 de junho de 2017

FORMATO DA PROVA ENEM - 2017




Não é apenas com os estudos que os vestibulandos precisam se preocupar. Existem diversas outras dificuldades que surgirão durante a preparação que, caso não sejam devidamente trabalhadas, poderão comprometer o desempenho. Pressão de parentes, ansiedade e desânimo são apenas alguns exemplos.
E foi justamente pensando nesses “desafios paralelos aos estudos” que nós, do Portal infoEnem, decidimos elaborar uma série com três artigos com foco num deles: As estratégias para o Enem 2017.
Antes de começar, vale destacar que, ao contrário do que muitos pensam, para conseguir um bom resultado no exame, é necessário uma estratégia. Afinal, a prova tem características bastante peculiares, como a Teoria de Resposta ao Item (TRI) e o pouquíssimo tempo de resolução por questão. Assim sendo, faz-se necessário entender essas características e desenvolver uma maneira para que, na hora do prova, você consiga, de fato, aplicar e demonstrar tudo que estudou.
Como dito anteriormente, nossa série será composta de três artigos, que são:
  1. Conheça o Modelo de prova do Enem 2017
  2. Como funciona a Teoria de Resposta ao Item (TRI)
  3. Estratégia de Controle do Tempo para o Enem 2017
Então vamos ao nosso primeiro artigo da série!

Conheça o Formato do Enem 2017

Como você deve saber, o Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacinoais, autarquia responsável pela elaboração do Enem, fez algumas mudanças para a edição do exame deste ano, que são:
  • Datas das provas – 5 (domingo) e 12 (domingo) de novembro
  • Gabarito – 3 dias úteis após a aplicação de cada prova
  • Resultado Enem 2017 – 19 de janeiro de 2018
  • Não pode mais ser utilizado para certificação do ensino médio.
Entretanto, quando olhamos o formato da prova propriamente dito, não houve grandes mudanças. Apenas a ordem de realização das áreas do conhecimento que foi alterada.
No dia 05 de novembro, os estudantes realizarão as provas de Linguagens Códigos e suas tecnologias (45 questões) e Ciências Humanas e suas tecnologias (45 questões), além da produção textual (redação). Neste primeiro dia, o tempo será de 5h30min.
Já no dia 12 de novembro, serão aplicadas as provas de Matemática e suas tecnologias (45 itens) e Ciências da Natureza e suas tecnologias (45). Neste segundo e último dia, o tempo de realização será de 4h30min.


BLOOD - NOVA DROGA

CORREÇÕES DE REDAÇÕES DA ESSA - RESPOSTA AOS INÚMEROS PEDIDOS

GURIZADA QUE VAI FAZER ESSA, PRESTEM ATENÇÃO ! CORRIJO SIM REDAÇÕES QUE VOCÊS ENVIAREM PARA  - marelenesagave@yahoo.com.br - COM CARINHO, CORRIJO E COMENTO. OLHA É ESCREVER E MANDAR. ABRAÇÃO. PERDOEM A RESPOSTA COLETIVA.

25 de junho de 2017

TOPÔNIMOS


Nas ‘baladas’ da década de 80, era frequentemente tocada esta canção:
In New York – Rio – Tokyo –
When I watch you dancing
I begin to feel like all romancing (…)

E ela me trouxe uma reflexão quanto ao emprego dos nomes desses lugares. Mudando para nosso idioma, tais cidades também são mencionadas nas canções por aqui. Vejamos esta, gravada por Zezé de Camargo e Luciano:
(…) Telefonei, mas ela viajou
Ninguém sabe onde ela foi
Nem quando vai voltar
Quem sabe foi pro Rio
Nova York, sei lá…
Acender a estrela de outro alguém
Noutro lugar (…)
Apesar de as letras KW e Y terem voltado oficialmente para o nosso alfabeto após o Acordo Ortográfico que está em vigor , é preciso atenção ao escrever os topônimos (nomes de lugares), pois essas palavras também devem respeitar as determinações da Gramática em relação à ortografia.
A regra geral é adaptar, aportuguesar, os nomes mais conhecidos, como Milão (Milano), Florença (Firenze), Londres (London), São Petersburgo (não consigo escrever aqui empregando o alfabeto cirílico, usado na Rússia, mas o termo transliterado para nosso alfabeto é Sankt-Peterburg), Cidade do Cabo (Cape Town), sempre seguindo as determinações do A.O. e preservar a grafia original daqueles que são menos familiares ou com ‘dificuldades particulares’, como perda de sentido ou a transformação numa expressão ‘gigantesca’ – Heildelberg, Salt Lake City, Falluja. Dessa forma, na música da dupla sertaneja deveríamos ter Nova Iorque, e na tradução da outra, teríamos Nova Iorque, Rio (sem alteração, por motivos óbvios hehe) e Tóquio.
Já os nossos topônimos de tradição histórica não sofrem alteração alguma na sua grafia, quando ela já estiver consagrada pelo consenso, pelo uso. É o caso do topônimo “Bahia”, que conservará a forma com “h”, quando fizer referência ao Estado. Apesar disso, os termos compostos e derivados desses topônimos obedecerão às normas gerais do vocabulário (o gentílico “baiano”, por exemplo).

24 de junho de 2017

TERCEIRÃO - RUYZÃO - ANTENEM-SE

Temas de Redação baseados em citações
 

 A partir de cada citação abaixo, estabeleça um tema e redija um texto dissertativo, em prosa, de não mais de vinte e cinco linhas, não esquecendo de dar-lhe um título.
i. "Quando uma porta se fecha, outra se abre. Mas muitas vezes nós ficamos olhando tanto tempo, tristes, para a porta fechada, que nem notamos aquela que se abriu para nós" (Graham Bell).
ii. "Não existe uma maneira gentil de matar alguém numa guerra", disse o porta-voz do Pentágono ao confirmar que milhares de soldados iraquianos, entrincheirados em abrigos subterrâneos, foram enterrados vivos no início da ofensiva americana na guerra do Golfo.
iii. "A humanidade está dividida em três classes: os que são imóveis, os que são móveis e os que fazem os outros se moveram" (Provérbio Árabe).
iv.  O brasileiro gosta de levar vantagem?
v.  "Se todo animal inspira ternura, o que houve então com o homem?" (Guimarães Rosa).
vi.  Nada é tão fácil se as coisas difíceis forem feitas com má vontade.
vii. "Passarinho que anda com morcego acaba dormindo de cabeça para baixo" (dito popular).
viii. "Conhecer não é contemplar passivamente, mas agir sobre as coisas e acontecimentos, construindo-os e reconstruindo-se em pensamento" (Jean Piaget).
ix.  "É preciso recontar a história do Brasil pela versão dos índios, dos negros, das mulheres e dos trabalhadores" (Carlos Alberto Christo).
x. Não há vida sem morte, como não há morte sem vida, mas há também uma "morte em vida". E a morte em vida é exatamente a vida proibida de ser vida" (Paulo Freire).

TÍTULO NA PRODUÇÃO TEXTUAL


Apesar de importante, algumas provas de redação não pedem título – caso do Enem, em que ele é opcional. Outras, como a Fuvest, exigem o título, mas nesses casos a exigência é sempre colocada na proposta (não precisa sair decorando quais provas pedem e quais não pedem).
titulo-escrevendo
Obrigatório ou não, o título pode ser o diferencial no seu texto. Se você souber fazê-lo e ficar bem colocado no texto, é recomendável o uso, mesmo que ele não seja exigido pela prova.
Veja cinco dicas sobre o que é importante saber sobre esse recurso:
1) O título é a síntese do tema
Se o nome de um livro ou de um filme deve entregar um pouco do que será tratado naquela obra, com o título da redação é a mesma coisa: ele deve sintetizar o que o leitor vai encontrar ao longo do texto. Além disso, um título bem trabalhado pode fazer o corretor notar que você entendeu perfeitamente a proposta. Por isso, use a simplicidade e faça um título em que o tema fique claro.
Dica: Algumas pessoas preferem fazer o título antes do texto, para servir como guia. Mas nem sempre isso dá certo: pode ser que, ao longo do texto, você acabe mudando o foco e o título perca um pouco do sentido. Para evitar que isso aconteça, uma sugestão é fazer o título sempre depois que o texto estiver pronto. Assim, você pode se basear nele para definir exatamente qual frase encaixa mais com o que você escreveu.
2) Nada de frases longas
Primeira regra para fazer um bom título: ele deve ser curto! Procure usar no mínimo três palavras, e evite que o tamanho da frase seja maior do que três quartos da linha.
3) O verbo é opcional
O título não precisa ser, necessariamente, uma oração completa com sujeito e predicado, como “O desmatamento é o pior crime contra a natureza”. Pode, também, ser uma expressão sem verbo, como “O problema da reforma agrária”. Mas usar a expressão, apesar de resolver o problema do título longo, pode ser perigoso: é preciso que ela consiga sintetizar o tema, mesmo sem o verbo. Na dúvida, aposte no que parecer mais fácil na hora.
Lembrete: Jamais use o tema dado pela banca como título. O tema é o assunto estipulado pela banca sobre o qual você vai escrever; o título é a frase para encabeçar o seu texto, que você mesmo deve criar. Fique atento, copiar qualquer parte da proposta de redação pode provocar a anulação do texto!
4) Aposte na sua criatividade
É importante que o título deixe claro o que você vai abordar, mas usar da criatividade pode deixá-lo muito mais interessante para a banca corretora. Nada impede que você use figuras de linguagem ou mesmo uma citação (entre aspas, sempre) no título. Mas lembre-se que a simplicidade é fundamental: tentar rebuscar demais pode dificultar o entendimento da frase.
Dica: fuja de lugares-comuns, chavões, frases prontas e gírias. Usar da criatividade é o oposto disso.
5) Ponto final, letras maiúsculas, linha em branco
– Pode usar ponto no fim da frase? O título não tem ponto.
– Devo usar letra maiúscula em todas as palavras? Não. Escreva o título como se estivesse escrevendo uma frase normal, usando a maiúscula apenas na palavra inicial e nomes próprios.
– Devo pular uma linha depois do título? Não é obrigatório, especialmente se o limite de linhas for pequeno.

CITAÇÕES PRA PRODUÇÕES TEXTUAIS - PRIMEIRÃO, SEGUNDÃO, TERCEIRÃO

Porém, é de suma importância que os estudantes usem citações filosóficas em sua redação com cuidado. Se usá-la fora de contexto ou errar a autoria, será muito prejudicado na sua nota final.

Abaixo, deixo alguns exemplos de citações interessantes que podem ser usadas em diferentes contextos nas suas redações. Tomei a liberdade de destacar em negrito as minhas preferidas.

  1. “Toda hora é hora de fazer o que é certo.” - Martin Luther King
  2. “O ser humano é aquilo que a educação faz dele.” - Immanuel Kant
  3. “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens.” - Pitágoras
  4. "A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar." - Martin Luther King
  5. "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." - Martin Luther King
  6. "Todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer" - Aristóteles
  7. "Os fins justificam os meios" - Maquiavel | "O mundo se tornou mais parecido com aquele de Maquiavel" - Bertrand Russell
  8. "O homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado" - Jean-Jacques Rousseau
  9. "A vontade geral deve emanar de todos para ser aplicada a todos" - Jean-Jacques Rousseau.
  10. "Deixe a mulher compartilhar dos direitos e ela emulará as virtudes do homem" - Mary Wollstonecraft
  11. "Todo homem toma os limites de seu próprio campo de visão como os limites do mundo" - Arthur Schopenhauer
  12. "Sobre seu próprio corpo e mente, o indivíduo é soberano" - John Stuart Mill
  13. "A história de todas as sociedades até hoje existentes é a história da luta de classes" - Karl Marx
  14. "Deve o cidadão, por um momento sequer, renunciar à sua consciência em favor do legislador?" - Henry David Thoreau
  15. "O homem é uma corda estendida entre o animal e o super-homem: uma corda sobre um abismo" - Friedrich Nietzsch
  16. "Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo" - George Santayana
  17. "A história não nos pertence: nós pertencemos a ela" - Hans-Georg Gadamer
  18. "Quanto aos homens, não é o que eles são que me interessa, mas o que eles podem se tornar" - Jean-Paul Sartre
  19. "O sentido fundamental da liberdade é liberdade dos grilhões" - Isaiah Berlin
  20. "O que faríamos sem uma cultura?" - Mary Midgley
  21. "A arte é uma forma de vida" - Richard Wollheim
  22. "Os Estados não são agentes morais; as pessoas são" - Noam Chomsky
  23. "A sociedade é dependente da crítica às suas próprias tradições" - Jürgen Habermas
  24. "Que tipo de mundo podemos preparar para os nossos bisnetos?" - Richard Rorty
  25. "Se podemos contar uns com os outros, não precisamos depender de mais nada" - Richard Rorty
  26. "Sem um fim social o saber será a maior das futilidades." - Gilberto Freyre
  27. "A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces." - Aristóteles
  28. "É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade." - Immanuel Kant
  29. "A boa educação é moeda de ouro. Em toda a parte tem valor." - Padre Antônio Vieira
  30. "Toda a educação, no momento, não parece motivo de alegria, mas de tristeza. Depois, no entanto, produz naqueles que assim foram exercitados um fruto de paz e de justiça." - Bíblia (Hebreus 12:11)
  31. "A vida deve ser uma constante educação." - Gustave Flaubert
  32. "O resultado mais sublime da educação é a tolerância." - Helen Keller
  33. "Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." - Cora Coralina
  34. "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." - Nelson Mandela
  35. "Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero." - Nelson Mandela
  36. "A maior necessidade de um Estado é a de governantes corajosos." - Johann Goethe
  37. "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." - Paulo Freire
  38. "Ninguém liberta ninguém. As pessoas se libertam em comunhão." - Paulo Freire
  39. "Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes." - Paulo Freire
  40. "Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém." - Paulo Frei