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31 de outubro de 2016

REVENDO CONJUNÇÕES COORDENADAS

LEIA  O TEXTO ABAIXO UM TRECHO DO CONTO “O AMOR”, DE CLARICE LISPECTOR,  PARA RESPONDER AS QUESTÕES.













Amor

Um pouco cansada, com as compras deformando o novo saco de tricô, Ana subiu no bonde. Depositou o volume no colo e o bonde começou a andar. Recostou-se então no banco procurando conforto, num suspiro de meia satisfação.
Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. [...]Parecia ter descoberto que tudo era passível de aperfeiçoamento, a cada coisa se emprestaria uma aparência harmoniosa; a vida podia ser feita pela mão do homem.
No fundo, Ana sempre tivera necessidade de sentir a raiz firme das coisas. E isso um lar perplexamente lhe dera. Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado. O homem com quem casara era um homem verdadeiro, os filhos que tivera eram filhos verdadeiros. Sua juventude anterior parecia-lhe estranha como uma doença de vida. Dela havia aos poucos emergido para descobrir que também sem a felicidade se vivia: abolindo-a, encontrara uma legião de pessoas, antes invisíveis, que viviam como quem trabalha — com persistência, continuidade, alegria. O que sucedera a Ana antes de ter o lar estava para sempre fora de seu alcance: uma exaltação perturbada que tantas vezes se confundira com felicidade insuportável. Criara em troca algo enfim compreensível, uma vida de adulto. Assim ela o quisera e o escolhera.
[...]
O bonde vacilava nos trilhos, entrava em ruas largas. Logo um vento mais úmido soprava anunciando, mais que o fim da tarde, o fim da hora instável. Ana respirou profundamente e uma grande aceitação deu a seu rosto um ar de mulher.
O bonde se arrastava, em seguida estacava. Até Humaitá tinha tempo de descansar. Foi então que olhou para o homem parado no ponto.
A diferença entre ele e os outros é que ele estava realmente parado. De pé, suas mãos se mantinham avançadas. Era um cego.
O que havia mais que fizesse Ana se aprumar em desconfiança? Alguma coisa intranquila estava sucedendo. Então ela viu: o cego mascava chicles... Um homem cego mascava chicles.
Ana ainda teve tempo de pensar por um segundo que os irmãos viriam jantar — o coração batia-lhe violento, espaçado. Inclinada, olhava o cego profundamente, como se olha o que não nos vê. Ele mascava goma na escuridão. Sem sofrimento, com os olhos abertos. O movimento da mastigação fazia-o parecer sorrir e de repente deixar de sorrir, sorrir e deixar de sorrir — como se ele a tivesse insultado, Ana olhava-o. E quem a visse teria a impressão de uma mulher com ódio. Mas continuava a olhá-lo, cada vez mais inclinada — o bonde deu uma arrancada súbita jogando-a desprevenida para trás, o pesado saco de tricô despencou-se do colo, ruiu no chão — Ana deu um grito, o condutor deu ordem de parada antes de saber do que se tratava — o bonde estacou, os passageiros olharam assustados.
Incapaz de se mover para apanhar suas compras, Ana se aprumava pálida. Uma expressão de rosto, há muito não usada, ressurgia- lhe com dificuldade, ainda incerta, incompreensível. O moleque dos jornais ria entregando-lhe o volume. Mas os ovos se haviam quebrado no embrulho de jornal. Gemas amarelas e viscosas pingavam entre os fios da rede. O cego interrompera a mastigação e avançava as mãos inseguras, tentando inutilmente pegar o que acontecia. O embrulho dos ovos foi jogado fora da rede e, entre os sorrisos dos passageiros e o sinal do condutor, o bonde deu a nova arrancada de partida.
Poucos instantes depois já não a olhavam mais. O bonde se sacudia nos trilhos e o cego mascando goma ficara atrás para sempre. Mas o mal estava feito. [...]
01. Esse conto de Clarice Lispector se caracteriza como um conto psicológico porque:
a)       Ao mesmo tempo em que narrar uma história concreta, o narrador nos apresenta as angustias e questionamentos interiores da personagem. 
b)       Está sendo narrado em terceira pessoa.
c)       Está sendo narrado em primeira pessoa.
d)       A personagem narradora é protagonista. 
e)       A personagem narradora é testemunha.
02. A personagem tenta se conformara com sua realidade cotidiana. A frase no texto que melhor mostra isso é:
a)       “Assim ela o quisera e o escolhera”.
b)       “A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros”.
c)       “O bonde vacilava nos trilhos, entrava em ruas largas”.
d)       “A diferença entre ele e os outros é que ele estava realmente parado”.
e)       “Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte”.
03.  O que motivou a distração e perturbação de Ana no bonde?
a)       O calor intenso.
b)       Um moleque que vendia jornais rindo.
c)       Os fato de ovos que carregava terem se quebrado.
d)       Um cego que mascava chicles.
e)       A parada brusca do bonde.
04. No texto aparece o seguinte período: “Depositou o volume no colo e o bonde começou a andar”. Com relação a ele é correto afirmar:
a)       Trata-se de um período simples, pois há apenas uma oração.
b)       Como não possui oração, trata-se de uma frase nominal.
c)       O sujeito do verbo “depositou” é o mesmo do verbo “começou”.
d)       Trata-se de um período composto, pois possui mais de uma oração. 
e)       A conjunção “e” está sendo usada fora de seu sentido normal. 
05. Com relação à frase abaixo, marque a opção correta. 
“Sem sofrimento, com os olhos abertos”.
a)       É um período simples.
b)       É um período composto por coordenação.
c)       É um período composto por subordinação.
d)       É uma oração independente.
e)       É uma frase nominal. 
06. Na frase “Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos.”, as orações que aparecem nele são:
a)       Todas coordenadas sindéticas.
b)       Todas coordenadas assindéticas. 
c)        Há duas coordenadas sindéticas e uma coordenada assindética. 
d)       Há uma coordenada sindética e uma coordenada assindética. 
e)       São todas coordenadas sindéticas aditivas. 
07. A frase destacada na questão anterior poderia ser reescrita sem prejuízo de sentido em qual das alternativas abaixo?
a)       Cresciam, tomavam banho, mas exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos.
b)       Não só cresciam,  como também tomavam banho e exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos.
c)        Cresciam, tomavam banho, portanto exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos.
d)       Não cresciam, nem  tomavam banho, mas exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos.
e)       Cresciam, tomavam banho, pois exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos.
08.Encontre a conjunção coordenativa que aparece na tirinha transcreva-a abaixo, dê sua classificação e diga que ideia ela representa. 


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09. Veja qual relação há entre os pares de orações abaixo e reescreva-os criando um período composto por coordenação. Use para isso a tabela das conjunções coordenativas abaixo. 
Classificação 
Exemplos
Ideias que expressam
Aditivas
E, nem, não só ... mas também
Adição, soma, acréscimo.
Alternativas
Ou... ou, ora...ora, já ... já, quer ... quer
Alternância, exclusão, escolha
Adversativas
Mas, porém, entretanto, no entanto, todavia, não obstante
Adversidade, contrariedade, oposição
Conclusivas
Então, pois, portanto, assim, logo
Conclusão
Explicativas
Porque, que, pois
explicação

a)       Formou-se em duas faculdades.
Não consegue arranjar um emprego. 
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b)       Trabalhou a noite inteira.
Não estudou para a prova.
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c)       O povo brasileiro está cada vez mais consciente de seus direitos.
As mudanças sociais deverão acontecer.
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
d)       Formou-se em engenharia ambiental.
Formou-se em mecânica de automóveis.
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
e)       Os jovens são o futuro do Brasil.
Os jovens são seu presente?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
10. Marque a alternativa abaixo em que a conjunção “e” foi usada no sentido de adversidade. 
a) Viajou com os filhos e com os amigos.
b) Estudou bastante e tirou notas baixas.
c) Ganhou honra e respeito dos amigos. 
d) A mulher saiu de casa e foi morar com os amigos.

e) A menina mostrou-se educada e delicada. 


GABARITO
01- A, 02- A, 03- D, 04-D, 05- E, 06-B, 07- B
08- OU, conjunção coordenativa alternativa, está dando ideia de exclusão. 
09- 
a) Formou-se em duas faculdades, mas não consegue arranjar um emprego.
b) Trabalhou a noite inteira, por isso não estudou para a prova.
c) O povo brasileiro está cada vez mais consciente de seus direitos, portanto as mudanças sociais deverão acontecer. 
d) Formou-se em engenharia ambiental e mecânica de automóveis.
e) Os jovens são o futuro do Brasil, ou são o presente?

10- B

CONCORDÂNCIA VERBAL


Concordância verbal é aquela que deve existir entre o verbo de uma oração e o núcleo do sujeito. Quando há um sujeito simples expresso ou não na frase, concorda-se em número e pessoa o verbo com o núcleo desse sujeito. O maior problema ocorre quando temos núcleos compostos com pessoas e números diretentes. Como fazer a concordância nesses casos? Apresentamos a seguir os principais casos onde podem surgir dúvidas. 
CONCORDÂNCIA VERBAL COM O SUJEITO SIMPLES
SITUAÇÃO
COMO FICA O VERBO
EXEMPLO
Situação geral(Regra Geral)
O verbo concorda com o núcleo  sujeito em número e pessoa.
menino ganhou o brinquedo. (núcleo do sujeito menino está na 3ª pessoa do singular, o verbo fica na 3ª pessoa do singular)
Sujeito formado por expressão partitiva: a maioria, grande parte de, a minoria + um nome no plural
O verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou ir para o plural.
As maiorias dos jovens não estudam como deveria. / A maioria dos jovens não estudacomo deveria. 
Sujeito formado por expressão que indica valor aproximado (cerca de, menos de, perto de) + numeral.
O verbo concorda com o numeral.
Cerca de 1% dos eleitores não votou./ cerca de 3% dos eleitores não votaram.
Sujeito formado por pronome de tratamento (vossa excelência, vossa senhoria, vossa santidade)
O verbo concorda, na 3ª pessoa com o pronome.
Vossa senhoria não recebeu o documento?/Vossas Senhorias não receberam o documento?

CONCORDÂNCIA VERBAL COM O SUJEITO COMPOSTO
SITUAÇÃO
COMO FICA O VERBO
EXEMPLO
Núcleos na 3ª pessoa e o verbo depois do sujeito.
O verbo vai para a 3ª pessoa do plural.
Meu pai e meu irmão chegaram de viagem.
Núcleos na 3ª pessoa e o verbo antes do sujeito.
O verbo pode concordar na 3ª pessoa do plural ouu concordar somente com o núcleo mais próximo dele.
Chegaram de viagem meu primo e meu amigo. / Chegoude viagem meu primo e meu amigo.
Sujeito composto resumido por tudo, nada, ninguém. 
O verbo fica na 3ª pessoa do singular.
A casa, o sítio, o curral, tudo desapareceu com o tempo.
Sujeitos formados por pessoas gramaticais diferentes (eu/tu/ele)
Se um dos núcleos for eu ou nós.
O verbo fica na 1ª pessoa do plural.
Não havendo eu ou nós.
O verbo fica na 2ª ou 3ª pessoa do plural.

TABELA DE CONJUGAÇÃO VERBAL
SINGULAR
EU
COMPREI
TU
VOCÊ
COMPRASTE
COMPROU
ELE
COMPROU
PLURAL
NÓS
A GENTE
COMPRAMOS
COMPROU
VÓS

VOCÊS
COMPRASTES

COMPRARAM
ELES
COMPRARAM
SEGUINDO A TABELA DA PÁGINA ANTERIOR, COMPLETE AS FRASES ABAIXO COM A FORMA VERBAL ADEQUADA FAZENDO A CONDORDÂNCIA VERBAL. 

01.   A empresa _____________ um bom número de funcionários. (Demitir)
02.   Sobre esse assunto, nós ___________ cientes do que vai acontecer. (estar)
03.   A maioria das pessoas __________ celular. (usar)
04.   A gente _________ sabendo da notícia pela TV. (ficar)
05.   Nós ____________ a coisa certa. (fazer)
06.   Naquele dia, tu _________ quantos cadernos? (comprar)
07.   _____________ a Ana Carla e seus amigos muito atrasados. (chegar)
08.   A Ana Carla e seus amigos _____________ muito atrasados. (chegar)
09.   Os professores, tu e eu ____________ pegar livros emprestados. ( poder)
10.   Os professores e tu __________ pegar livros emprestados. (poder)

Leia o texto abaixo para responder as questões. 

UMA AULA QUE LEVA À LUA

O bom exemplo do biólogo que despertou em jovens e adultos o interesse pela ciência ensinando astronomia.

O biólogo Felipe Bandini de Olivceira, 33 anos, integra um grupo raríssimo. Ele está entre o 0,08% dos professores do ensino fundamental brasileiro que enverniza o currículo com um título de doutor. Nascido no interior de são Paulo, Felipe especializou-se em genética, dedicando-se à investigação sobre a evolução do crânio dos macacos _ pesquisa que o fez ficar imerso nos museus de história natural da Europa durante um ano. Voltou ao Brasil sabendo exatamente o que queria: retornar à sala de aula como professor de ciências, carreira que iniciou aos 23 anos inspirado na trajetória dos pais, um físico e uma psicóloga também docentes. Hoje à frente de classes noturnas no Colégio santa Cruz, em São Paulo, ele lida com a complexidade de apresentar conceitos científicos a jovens e adultos de baixa renda nos anos finais do ensino fundamental. Não nivela a turma por baixo. A o contrário: Felipe decidiu ensinar ali astronomia. Falou de Galileu, quebrou crenças levando à escola artigos de publicações respeitadas, projetou no teto da sala o céu estrelado em que se vê o movimento dos astros e proporcionou aos alunos uma experiência única: “Atingi o meu objetivo de despertar o gosto pela ciência”, festeja.
Por esse trabalho, na semana passada ele recebeu o premio Educador Nota 10, concedido pela fundação Victor Civita a dez professores do ensino básico e a um diretor de escola. Felipe foi o destaque do grupo. Suas lições reforçam a ideia de que não é preciso nada de muito mirabolante para dar uma boa aula, só o básico: que o professor domine o assunto e consiga traduzi-lo com entusiasmo que espera ver seus alunos. Fazer isso numa turma que volta a estudar na idade adulta, com tantas lacunas acumuladas, reforça seu mérito. No Brasil, há 5 milhões de jovens e adultos matriculados nas escolas. Seu retorno à sala de aula é bem vindo num pais onde quase um terço da população não conseguem depreender o significado de um texto simples. Entre os jovens, metade não conclui o ensino médio. “Com mais estudo e treinamento profissionalizante, eles podem ajudar a resolver o apagão de mão de obra brasileiro”, diz o especialista Bruno Novelli, da ONG Alfa-Sol. O exemplo do biólogo Felipe Bandoni aponta o caminho.
 Revista Veja   


11.   Por que o verbo despertou no subtítulo está na 3ª pessoa do singular e não na 3ª pessoa do plural?
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12.   O verbo voltou está na 3ª pessoa do singular para concordar com o núcleo do seu sujeito. Escreva abaixo esse sujeito e separe o seu núcleo.
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13.   Por que na frase “Atingi o meu objetivo de despertar o gosto pela ciência” o verbo sublinhado está ma 1ª pessoa do singular?
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14.   No último parágrafo do texto, alteramos a concordância verbal de uma oração de modo a ficar errada. Encontre esse verbo e reescreva abaixo a oração corrigindo o erro.
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15.   Escreva abaixo, copiando da tabela da primeira página, a regra que você usou para corrigir o erro de concordância apontado na questão anterior.
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O trecho abaixo foi retirado da obra Capitães da Areia, do escritor baiano Jorge Amado. Ele retrata a fala de personagens de pouca instrução escolar, por isso é comum o desvio das regras de concordância verbal. Analise atentamente para responder as questões.  

O rosto de Pirulito iluminou. Olhou para Dora, falou com a voz exaltada:
_ Tu pensa que eu mereço? Deus é bom, mas também sabe castigar...
_ Por quê? _ Havia espanto na pergunta de Dora.
_ Tu não vê que a vida da gente é cheia de pecado? ... Todo dia...
_ A culpa não é da gente..._ Esclareceu Dora. A gente não tem ninguém.
Mas agora pirulito tinha a ela. A sua mãe. Riu satisfeito:
_ Padre José Pedro também já disse isso. É capaz...
Riu mais, ela sorriu também animado.
_ ... é capaz de que um dia eu seja padre.
_ Tu vai ser, sim.
_ Tu quer esse Deus Menino pra tu? Perguntou ela de repente.

16.   Com base na tabela abaixo, reescreva esse trecho de modo a adequar a concordância do verbo com o sujeito Tu. 



PRESENTE DO INDICATIVO – VERBO QUERER  E O VERBO PENSAR
EU
QUERO
PENSO
TU
QUERES
PENSAS
ELE
QUER
PENSA
NÓS
QUEREMOS
PENSAMOS
VÓS
QUEREIS
PENSAIS
ELES
QUEREM
PENSAM
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17.   Na frase “A gente não tem ninguém”
·         Substitua “A gente” por Nós, faça a concordância verbal correta.
______________________________________________________________________

18.   Na frase abaixo, faça as duas concordâncias verbais possíveis.
·         _____________ de férias a mulher e seus filhos.
·         _____________ de férias a mulher e seus filhos.
(viajar)
19.   A fé não falta a esse povo.
·         Acrescente a palavra esperança ao sujeito dessa frase.
_____________________________________________________________________________

20.   Sede vós o sal da terra! – Disse Jesus.
·         Substitua “vós” por vocês.
_______________________________________________________________________

CONJUGAÇÃO DO VERBO SER NO MODO IMPERATIVO
----------
EU
TU
SEJA
ELE
SEJAMOS
NÓS
SEDE
VÓS
SEJAM
ELES

GABARITO CONCORDÃNCIA VERBAL

GABARITO DA ATIVIDADE CONCORDÂNCIA VERBAL


01. demitiu
02. estamos
03. usa/usam
04. ficou
05. fazemos
06. compraste
07. chegou/chegaram
08. chegaram
09. podemos
10. podeis/podem
11. Para concordar com o núcleo do suneito "biólogo".
12. Temos um sujeito oculto "ele"/ "Ele voltou". Esse sujeito ´também chamado de sujeito desinencial porque pode ser identificado pela desinência do verbo. O pronome "Ele" se refere à expressão "O biólogo Felipe Bandini de Oliveira", cujonúcleo é "biólogo".
13. Para concordar com o sujeito "eu". Eu atingi.
14. "... quase um terço da população não consegue..."
15. Sujeito formado por expressão que indica valor aproximado, o verbo concorda com o numeral.
16. Uma possível versão para a norma culta poderia ser:



O rosto de Pirulito iluminou. Olhou para Dora, falou com a voz exaltada:
_ Tu pensas que eu mereço? Deus é bom, mas também sabe castigar...
_ Por quê? _ Havia espanto na pergunta de Dora.
_ Tu não vedes que a vida da gente é cheia de pecado? ... Todo dia...
_ A culpa não é da gente..._ Esclareceu Dora. Nós não temos ninguém.
Mas agora pirulito tinha a ela. A sua mãe. Riu satisfeito:
_ Padre José Pedro também já disse isso. É capaz...
Riu mais, ela sorriu também animado.
_ ... é capaz de que um dia eu seja padre.
_ Tu vais ser, sim.
_ Tu queres esse Deus Menino para ti? Perguntou ela de repente.


17. "Nós não temos ninguém"
18.Viajou de férias a mulher e seus filhos. / Viajaram de férias a mulher e seus filhos.
19. A fé e a esperança não faltam ao nosso povo.
20. Sejam vocês o sal da Terra!

30 de outubro de 2016

ENEM - CONCORDÂNCIAS


No próximo fim de semana, acontecerão as provas tão esperadas do Enem! Vou aproveitar o artigo de hoje para fazer algumas recomendações gramaticais e de ordem prática, para que tudo transcorra na mais perfeita ordem com meus leitores e alunos.
Vamos lá: primeiramente vamos observar o quadro publicado no Portal Brasil:
figura
Observemos que os itens do texto estão rigorosamente seguindo a regra geral da concordância verbal: os verbos no Imperativo Afirmativo estão conjugados na 3ª pessoa do singular, concordando com o sujeito você, que está oculto (é o receptor da mensagem). Há um verbo com sujeito simples (“A prova começa…”) e nesse trecho também se respeitou a regra geral.
O último item das recomendações do MEC apresenta uma combinação de concordância nominal e verbal: “(…) é vetado o uso de aparelhos eletrônicos (…)”. Aqui temos uma inversão da ordem direta e o sujeito aparece posposto ao predicado.
Esse é um dos casos de concordância verbal em que os redatores precisam redobrar a atenção! O núcleo do sujeito é ‘uso’, 3ª pess. Sing, portanto o verbo assim foi conjugado, mas se a frase estivesse na ordem direta, poderiam ocorrer distrações, como fazer o verbo concordar com o termo no plural que ficaria mais próximo… Veja:
  • O uso de aparelhos eletrônicos (plural) é vetado (singular, pois ainda deve concordar com ‘uso’)
Como é um predicado nominal, o predicativo também concordará com o sujeito em gênero e número: uso (masc sing) – vetado (masc sing).
Em um material voltado para candidatos ao Enem, encontrei este trecho, que apresenta informações úteis, mas que contém, ao longo do texto, alguns deslizes a que acabei de me referir:
No site do Enem estão publicadas as datas das provas, 5 e 6 de novembro, sábado e domingo, respectivamente. A prova do sábado terá o tempo de quatro horas e meia com as matérias de história, geografia, filosofia, sociologia, química, física e biologia. Já a prova do domingo terá uma hora a mais de duração e, além da redação, cairá também as matérias de língua portuguesa, literatura, língua estrangeira, artes, comunicação e matemática e suas tecnologias. (…) Algo importante para o candidato é verificar a validação da inscrição na página do ENEM. O local onde serão realizadas as provas também estão nesse site.
O risco de distração na concordância quando o sujeito está distante do verbo ou quando a frase está fora da ordem direta é muito grande: até redatores experientes podem se equivocar, entre outros motivos, por causa da pressa.
No primeiro trecho destacado o problema foi a ordem: quando iniciamos o enunciado pelo verbo, é comum pensarmos no singular e, pelo meio do caminho, colocamos um sujeito plural, assim… está configurado o erro de concordância! No trecho em questão, o núcleo do sujeito é ‘matérias’, portanto o verbo deveria ser ‘cairão’.
No segundo trecho, o deslize ocorreu pela distância entre o núcleo do sujeito e o verbo: há uma oração adjetiva entre eles e o verbo ‘estão’ deixou de concordar com o sujeito ‘O local’.
Minha recomendação para garantir a maior nota possível na primeira competência avaliada na redação do Enem é: ao fazer uma última leitura do seu texto, faça uma conferência, verbo por verbo e busque seus respectivos sujeitos. Isso minimizará a ocorrência de distrações dos tipos apresentados aqui.