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30 de agosto de 2015

A pedido - colocação pronominal


O artigo desta semana abordará algumas questões de colocação pronominal, a pedido de meu amigo Décio, violeiro, professor e escritor (conheci suas facetas nessa ordem e cada uma foi uma agradável surpresa!)
Como apreciadores da música caipira de raiz, ele e eu estamos habituados a ouvir a língua portuguesa falada na sua variante mais distante da norma culta. Vejamos um trecho de uma moda muito conhecida, gravada pela saudosa Inezita Barroso:
Com a marvada pinga é que eu me atrapaio
Eu entro na venda e já dou me taio
Pego no copo e dali num saio
Ali memo eu bebo, ali memo eu caio
Só pra carregá é que eu do trabaio, oi lai
(…)
O marido me disse, ele me falô
Largue de bebê, peço por favô
Prosa de home, nunca dei valô
Bebo com sór quente pra esfriá o calô
E bebo de noite pra fazê suador, oi lai (…)
Nesse trecho aparecem alguns pronomes que funcionam como complementos dos verbos.
A norma culta define, para os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o(s), a(s), lhe(s), nos, vos), três posições possíveis em relação ao verbo: próclise (antes do verbo), mesóclise (“dentro” do verbo) e ênclise (após o verbo) e, para entender essa relação, lembremos que a frase, em português, pode ser construída na ordem direta [sujeito + verbo+ complemento (OD/OI)+ adjunto adverbial] ou na ordem indireta, em que alteramos a posição de alguns desses elementos.
Como a intenção aqui é apenas dar as dicas (as regras um bom livro de Gramática trará em detalhes), vamos objetivamente ao que se pode e o que não se pode fazer nos textos:
ênclise deve ser observada sempre no início das frases, ou seja, não se inicia frase com pronome oblíquo. Aqui temos uma das grandes diferenças de pronúncia entre a língua falada por aqui e a língua falada na terra de Camões. Nós, brasileiros, pronunciamos os pronomes átonos “com força”, o que nos permite começar as frases com eles (Me empreste seu caderno.). Já os lusitanos falam quase sem pronunciar a vogal, o que, aliás, produz o sotaque característico da terrinha, de modo que eles não conseguem começar as frases como nós… sairia algo como “M’empreste seu caderno” – muito difícil!
Como o idioma veio de lá, as regras acompanharam… Dessa diferença tão marcante entre a regra e o uso, o modernistaOswald de Andrade tirou assunto para poesia:
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
Oswald de Andrade ANDRADE, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.
mesóclise é empregada em textos muito formais, mas muito mesmo! Ocorre apenas no futuro do presente de indicativo e no futuro do pretérito do indicativo. Por que só com eles? Bem, lembremos que esses tempos são derivados. Na verdade, são a junção de um verbo no infinitivo + o verbo Haver e para fazer a colocação pronominal, o pronome vai entre os dois verbos (lembra que ‘meso’ significa ‘entre’, como em Mesopotâmia – entre os rios).
Daí, em
“Entregarei a você os livros”
substituindo ‘a você’ por ‘lhe’, teremos
Entregar-lhe-ei os livros. (entregar = infinitivo / (h)ei = verbo haver na 1.ªp.sing. e entre os dois, o pronome lhe).
Mas podemos fugir dessa forma um tanto esnobe, colocando um sujeito expresso. Isso nos permite usar a próclise:
Eu lhe entregarei os livros.
E como a mencionei, vamos à próclise!
Existem regras para a colocação do pronome antes do verbo. Na frase, deve haver a presença dos chamados fatores de próclise – palavras que exercem atração, ‘puxam’ o pronome para antes do verbo (que podem ser, entre outras, uma palavra negativa, um advérbio, um pronome relativo…). Veja as frases abaixo:
Ninguém me deu o recado.
Amanhã a encontrarei na aula.
Eu sei que me entenderam.
No caso do português do Brasil, é considerado mais grave não levar em consideração um fator de próclise do que empregar a próclise mesmo que não haja a tal partícula atrativa.
Voltando à Moda da Pinga, é o que acontece com os pronomes destacados: não há nenhum fator de próclise, mas a ‘musicalidade’ do português do Brasil nos leva a colocar os pronomes antes do verbo. Tudo o que mencionei vale também para as locuções verbais (verbo auxiliar + verbo no infinitivo ou no gerúndio) e para os tempos compostos (verbo auxiliar + verbo no particípio). Nessas combinações, evite colocar o pronome entre os verbos. Ah, e particípio não aceita ênclise!
Assim, na prática, as regras se resumem a:
  1. Não inicie frase com pronome oblíquo; e
  2. Coloque o pronome antes do verbo (ou da locução)

Denotação e conotação

    "Denotação e conotação são as duas possibilidades de significados das palavras. Não podemos esquecer que, antes de tudo, um texto é constituído de palavras. E se pretendemos compreender e interpretar um texto, devemos conhecer as diversas possibilidades de empregos dessas palavras. 

    Já vimos que o uso da língua faz com que elas se torne viva, dinâmica. Palavras novas são criadas para conceituar novas dimensões que outras palavras deixam de ser usadas quando a prática social em que estavam inseridas desaparecem. 

    Mas a vida das palavras não podem ser resumidas em seu nascimento e sua morte. Enquanto utilizada, viva, a palavra também passa por modificações, adquire novos significados e, dependendo do contexto, pode apresentar-se um significado totalmente diferente do seu significado original. 

    Assim, é muito importante que o bom leitor entenda qual era a intenção do autor quando ele selecionou e empregou determinadas palavras em determinados contextos. Para entendermos com que sentido em que a palavra foi empregada, é importante conhecermos suas duas possibilidades de significados. Uma palavra pode ser empregada no sentido denotativo ou no sentido conotativo. Vamos ver cada uma delas."¹
    Sentido real: a palavra usada em seu sentido mais comum. O sentido real, também conhecido como literal (ou significado “ao pé da letra”), usado quando não se quer gerar dúvidas de interpretação, é veiculado em textos informativos (notícia, reportagem), artigos científicos, no dicionário, entre outros.
    Sentido figurado: uso criativo da palavra, diferente do convencional, que estabelece associações/comparações para atribuir aos vocábulos novos significados. O sentido figurado é constantemente usado no cotidiano nos “ditados populares” e nas “expressões idiomáticas”. Poetas, músicos e escritores de diferentes gêneros literários costumam utilizar a palavra no sentido figurado.
    Uma palavra é empregada no sentido denotativo quando ela for utilizada no seu sentido real, no seu significado original, seu sentido próprio. Aquele sentido que consta no dicionário e que não depende do contexto para ser entendida. Quando dizemos por exemplo que o Dr. Victor Frankenstein criou um monstro, estamos empregando a palavra monstro no seu sentido literal, original. O cientista criou um ser descomunal, disforme, ameaçador.
    Se a palavra for empregada em um sentido diferente daquele do sentido original, com uma significação que depende do contexto para ser entendida, dizemos, então, que a palavra foi empregada no sentido conotativo. Analise emprego da mesma palavra monstro nesta frase: "Jackson do Pandeiro é um MONSTRO sagrado da música popular brasileira". Perceba que, nesse exemplo, a palavra foi utilizada no sentido diferente da original. Monstro vem mais num sentido de um ser disforme, mas, por um processo de analogia emprega-se aqui a palavra monstro no sentido de alguém que se destaca, que é descomunal, alguém que sai do comum, não por ser uma aberração, uma deformidade, mas por ser um gênio naquilo que faz.
    Analise as frases abaixo e identifique a denotação e a conotação:
       Gramática para concursos
    • O menino quebrou a vidraça.
    • A garota quebrou o silêncio.
    • Uma pedra rolou da escada.
    • Aquela pessoa é uma pedra no meu sapato.
    • As estrelas do céu brilhavam.
    • As estrelas do cinema brilhavam.

Compreensão e interpretação - II

Compreensão e interpretação de textos é um tema que nos acompanha na vida escolar, nos vestibulares, no Enem e em todos os concursos públicos. Comumente encontrarmos pessoas que se queixam de que não sabem compreender e interpretar textos. Muitas pessoas se acham incapazes de resolver questões sobre compreensão e interpretação de textos.

 Nos concursos públicos, este tema está presente nas mais variadas formas. Nas provas, há sempre vários textos, alguns bem grandes, sobre os quais há muitas perguntas com o objetivo de testar a habilidade do concurseiro em leitura, compreensão e interpretação de textos. É preciso ler com muita atenção, reler, e na hora de examinar cada alternativa, voltar aos trechos citados para responder com muita confiança.

Entender as técnicas de compreensão e interpretação de textos, além de ser importante para responder as questões específicas, é fundamental para que você compreenda o enunciado das questões de atualidades, de matemática, de direito e de raciocínio lógico, por exemplo. Muitos candidatos, embora tenham bastante conhecimentos das matérias que caem nas provas, erram nas questões, simplesmente porque não entendem o que a banca examinadora está pedindo. Já pensou, nadar, nadar, nadar... e morrer na praia? Então não deixe de estudar e preste atenção nas dicas que vamos dar neste blog."As questões de compreensão e interpretação de textos vêm ganhando espaço nos concursos públicos. Também é a partir de textos que as questões normalmente cobram a aplicação das regras gramaticais nos grandes concursos de hoje em dia. Por isso é cada vez mais importante observar os comandos das questões. Normalmente o candidato é convidado a:
    www.gramaticaparaconcursos.com
  • identificar: Reconhecer elementos fundamentais apresentados no texto.
  • comparar: Descobrir as relações de semelhanças ou de diferenças entre situações apresentadas no texto.
  • comentar: Relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito.
  • resumir: Concentrar as ideias centrais em um só parágrafo.
  • parafrasear: Reescrever o texto com outras palavras.
  • continuar: Dar continuidade ao texto apresentado, mantendo a mesma linha temática.

Compreensão e interpretação de texto

Compreensão e interpretação de textos é um tema que, geralmente, está presente em todos os concursos públicos. Porém, a maioria não atenta para a diferença que há entre compreensão de texto e interpretação de texto. Compreensão e interpretação de textos são duas coisas completamente diferente. 

Segundo a professora Rafaela Motta¹, quando o comando da questão trabalha a área de compreensão, aquela informação está no texto. Diante disso, você terá alguns enunciados básicos de questões de compreensão. Porém, se a informação estiver além do texto, fora do texto, trata-se de uma questão de interpretação

A questão é que é uma informação que, além de estar fora do texto, tem conexão com o texto. É a chamada inferência textual, dedução textual. Ao ler o texto, o leitor consegue inferir, tirar conclusões a partir de ideias que foram explicitadas no texto. Basta ao leitor passar a ter a visão qualificada e apurada de, no enunciado, conseguir visualizar e identificar, qualificar, caracterizar o comando, se é de compreensão (informação que está no texto) ou de interpretação (informação que não está no texto, mas está atrelada ao texto).
  • Compreensão de texto – consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto. Os comandos de compreensão (está no texto) são:
    • Segundo o texto...
    • O autor/narrador do texto diz que...
    • O texto informa que...
    • No texto...
    • Tendo em vista o texto...
    • De acordo com o texto...
    • O autor sugere ainda...
    • O autor afirma que...
    • Na opinião do autor do texto...
  • Interpretação de texto – consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito. Os comandos de Interpretação (está fora (além) do texto) são:
       Gramática para concursos
    • Depreende-se/infere-se/conclui-se do texto que...
    • O texto permite deduzir que...
    • É possível subentender-se a partir do texto que...
    • Qual a intenção do autor quando afirma que...
    • O texto possibilita o entendimento de que...
    • Com o apoio do texto, infere-se que...
    • O texto encaminha o leitor para...
    • Pretende o texto mostrar que o leitor...
    • O texto possibilita deduzir-se que...
"Entenda: Enquanto a compreensão de texto trabalha com as frases e ideias escritas no texto, ou seja, aspectos visíveis, a interpretação de textos trabalha com a subjetividade, com o SEU entendimento do texto."²

Exercícios sobre coordenação

Questões de orações coordenadas para concurso com gabarito

Todas as questões para concurso abaixo são de português e se refere ao assunto denominado orações coordenadas (analise sintática). Questões dos principais e últimos concursos e vestibulares anteriores e todos com suas respostas, ou seja, com o gabarito no fim das questões. As orações coordenadas costumam ser tema em prova de concurso e vestibular e esse simulado de português para concurso pode ajudar ao aluno ou candidato a concurso descobrir o quanto já aprendeu sobre essa matéria. São questões de múltipla escolha onde o candidato só poderá marcar apenas uma alternativa.

1.A oração “Não se verificou, todavia, uma transplantação integral de gosto e de estilo” tem valor:
a) conclusivo
b) adversativo
c) concessivo
d) explicativo
e) alternativo

2. “Estudamos, logo deveremos passar nos exames”. A oração em destaque é:
a) coordenada explicativa
b) coordenada adversativa
c) coordenada aditiva
d) coordenada conclusiva
e) coordenada alternativa

3. No verso, “Tenta chorar e os olhos sente enxutos”, o conectivo oracional indica:
a) junção de ideias, logo é conjunção aditiva
b) disjunção de ideias, logo é conj. Alternativa
c) contraste de ideias, logo é conj. Adversativa
d) oposição de ideias, logo é conj. Concessiva
e) sequência de ideias, logo é conj. Conclusiva.

4. Fez isso ______ não conseguiu o resultado.
___A_________________B_______________
Qual das alternativas abaixo preenche a lacuna, indicando que B é um fato anterior a A?
a) entretanto
b) pois
c) porém
d) enquanto
e) e.

5.”Deus não fala comigo, e eu sei que Ele me escuta.” O conectivo “e” pode ser substituído, sem contrariar o sentido, por:
a) ou.
b) no entanto
c) porém
d) porquanto                                                               gabarito; 1b,2d, 3a, 4b,5b.
e) nem

Exercícios sobre pronomes

01. (TCU - ESAF) A alternativa em que há erro na substituição do termo sublinhado por pronome pessoal reto ou oblíquo é:

a) Ouvira o pastor advertir o povo = Ouvira-o advertir o povo.
b) Carregamos cargas pesadas em caminhões = Carregamo-las em caminhões.
c) Integrando-se a ferrovia aos sistemas = Integrando-se a ferrovia a eles.
D) Contemplavam melancólicos o êxodo da mão-de-obra = Contemplavam-namelancólicos. (Contemplavam-no)
e) Nos aterros de Tabatinga, por onde rodavam as rodas de carretel dos comboios = Nos aterros de Tabatinga, por onde elas rodavam.

02. (TCU) Assinale a alternativa incorreta quanto à colocação dos termos na oração.

a) Está prevista a possibilidade de o chefe do setor tomar decisões a este respeito, sem prévia consulta a superiores.
b) Encaminha-se-á a decisão do grupo, após a reunião da próxima semana.
C) Não estabelecer-se-á qualquer norma, sem consulta ao órgão superior.(Não se estabelecerá)
d) Quanto aos programas de treinamento, há necessidade de promovê-los periodicamente.

03. (EUPG - PR) Na oração: "Certos amigos não chegaram a ser jamais amigos certos", o termo destacado é sucessivamente:

a) adjetivo e pronome
B) pronome adjetivo e adjetivo
c) pronome substantivo e pronome adjetivo
d) pronome adjetivo e pronome indefinido
e) adjetivo anteposto e adjetivo posposto

04. (UEL-PR) Foram divididos ..... próprios os trabalhos que ..... em equipe. 

a) conosco, se devem realizar
b) com nós, devem-se realizar
c) conosco, devem realizar-se
D) com nós, se devem realizar
e) conosco, devem-se realizar

05. (NCE) Se na frase "Se você recolher um cachorro", substitimos o complemento "um cachorro" pelo pronome oblíquo adequado, a forma correta dessa frase será:

a) Se você recolher-lo
b) Se você recolher-lhe
C) Se você o recolher
d) Se você recolhê-lo
e) Se você lhe recolher

06. (NCE) "...ele não o morderá". Se retirarmos a negativa "não" desse segmento do texto, a forma correta da frase será:

a) ele morde-lo-á
b) ele lhe morderá
C) ele o morderá
d) ele morder-lhe-á
e) ele morder-lo-á

07. (Cesgranrio) Assinale a opção em que houve erro, ao se substituir a expressão grifada pelo pronome oblíquo.

a) "Estimam seu torrão"./estimam-no.
b) Fazer conhecidos seus costumes./fazê-los conhecidos.
c) "Viu os partidos de cana"./viu-os.
D) "Sorver o ar ácido"./sorver-lhe.
e) "O homem tirava tudo da terra"./O homem tirava-lhe tudo.

08. (Cesgranrio) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da frase abaixo:

dialeto social popular não se confunde com linguagem especial, pois ........., ao contrário ........., é de uso restrito e pode funcionar como signo de grupo.

a) esse/daquela
b) essa/desse
c) aquele/dessa
D) esta/daquele
e) este/desta

09. Assinale a opção em que o termo sublinhado tem a sua classe gramatical incorretamente indicada.

a) Ele estava muito nervoso. - advérbio
b) Muito  político deveria ser expulso do congresso. - pronome indefinido
c) Maria possui menos calma do que nós. - pronome indefinido
d) Ela é menos calma do que nós. - advérbio
E) Ele está todo preocupado com a situação política do país. - pronome indefinido ("todo": muito, bastante = função adverbial; "preocupado" funciona como adjetivo. Esse todo só seria  pronome indefinido se estivesse relacionado com um substantivo)

10. (FUVEST/GV-SP) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas: Tomo a liberdade de levar ao conhecimento de V. Exa. que os ..... que ..... foram encaminhados defendem causa justa e ficam a depender tão-somente de ..... diecisão para que sejam atendidos.

a) abaixos-assinados, lhe, sua
b) abaixos-assinados, vos, vossa
C) abaixo-assinados, lhe, sua (Pronomes de tratamento trabalham com verbos e pronomes sempre na 3ª pessoa)
d) abaixo-assinados, vos, vossa
e) abaixo-assinados, lhe, vossa

11. (Banco do Brasil) "O funcionário que se inscrever, fará a prova amanhã". Com relação à colocação do pronome "SE":

1 - Ocorre próclise em função do pronme relativo.
2 - Deveria ocorrer ênclise.
3 - A mesóclise é impraticável.
4 - Tanto a ênclise quanto a próclise são aceitáveis.

a) Está correta apenas a primeira afirmativa.
b) Apenas a terceira afirmativa está correta
c) Somente a segunda afirmativa está correta
D) São corretas a primeira e a terceira afirmativas
e) A quarta afirmativa é a única correta

12. (MP-NCE) "..... enquanto que no continente europeu marcha-se a passos largos na direção de conflitos radicais....." O item abaixo em queSE tem o mesmo valor sintático que apresenta nos segmentos em destaque é:

a) A história se repete na Europa.
b) O líder declarou que, se levado a o poder, deportará imigrante.
c) As manifestações contra imigrantes se transformaram em praga internacional.
d) Encontram-se muitas injustiças nas relações com os imigrantes.
E) Precisa-se de novos imigrantes para a lavoura brasileira.

13. (NCE) O pronome "LHES" tem com o verbo que se prende na frase "tampouco deve, como os políticos, se amoldar aos desejos de seus eleitores para ganhar-lhes os votos" as mesmas relações sintáticas e de sentido que se encontram no exemplo da opção:

a) se seus irmão quiserem, posso emprestar-lhes meu carro.
b) Os uniformes das crianças já estão desbotados, mas só lhes posso comprar outro no mês que vem.
c) eles são nossos amigos, não lhes podemos negar ajuda num momento tão difícil.
d) Os romanos, crendo-se superiores aos povos germânicos, chamavam-lhesbárbaros.
E) O policial ameaçava os detidos a fim de arrancar-lhes uma comissão.

14. (TRT) Se substituirmos as palavras sublinhadas em: 1- com a aprovação dos que presenciaram a cena e 2- a violência começa a gerarexpectativas por pronomes pessoais, as substituições corretas, de acordo com a norma culta, estarão na seguinte alternativa:

a) 1- com a aprovação dos que presenciaram-na. 2- a violência começa a as gerar.
b) 1- com a aprovação dos que a presenciaram. 2- a violência começa a gerar-lhes.
c) 1- com a aprovação dos que presenciaram ela. 2- a violência começa a gerar a elas.
D) 1- com a aprovação dos que a presenciaram. 2- a violência começa a gerá-las.
e) 1- com a aprovação dos que a presenciaram. 2- a violência começa a gerar-las.

15. (Cesgranrio) Assinale a opção que completa adequadamente as lacunas da frase seguinte: Os pesquisadores e o Governo frequentemente assumem posições distintas ante os problemas nacionais: ----------------- se preocupam com a fundamentação científica, enquanto ............... se guia pelos interesses políticos.

A) aqueles/este
b) esses/aquele
c) estes/esse
d) estes/aquele
e) aqueles/aquele

16. Assinale a opção em que o pronoome oblíquo possui nítido valor possessivo.

a) Compreendo-te e considero que te será desagradável tal excursão.
b) Compreendo-te e considero que te será desagradável tal excursão.
C) Escutaram-nos atentamente as últimas palavras.
d) Avisar-vos-emos todas as notícias.
e) consideramos-te pronto para a execução deste serviço.

17. (SUFSC) "Quaresma, comparando outras terras com o Brasil, não podia deixar de valorizar as belezas naturais.................... em detrimento................. ".

Assinale a opção que completa corretamente as lacunas na frase acima:

a) deste - daquela
b) destes - deste
C) deste - daquelas (este, esta retoma quem está mais perto, aquele, aquela, quem está mais longe)
d) desses - daquelas
e) desse - dessas

 18. (TTN) Assinale a frase em que a colocação do pronome pessoal oblíquo não obedece às normas do português padrão.

a) Essas vitórias pouco importam; alcançaram-nas os que tinham mais dinheiro.
b) Entregaram-me a encomenda ontem, resta agora vocês a oferecem ao chefe.
c) Ele me evitava constantemente!... Ter-lhe-iam falado a meu respeito?
D) Estamos nos sentido desolados: termos prevenido-o vária vezes e ele não nos escuta. (não existe ênclise com particípio. Correto: ... temos o prevenido...)
e) O presidente cumprimentou o Vice dizendo: - Fostes incubidos de difícil missão, mas cumpriste-la com denodo e eficiência.

19. Assinale a opção emque não ocorre falha de natureza morfossintática.

a) Nunca haverá problemas entre tu e eles. (entre ti e eles)
b) Será interessante para tu a leitura de jornais. (para ti)
c) É necessário para eu estudar sempre. (mim estudar sempre, porque sempreé sujeito, isso é necessário para mim: Estudar sempre é necessário para mim.)
D) Será bom para ti fazer essa viagem. (Fazer essa viagem será bom para ti.)
e) Jácomprei as passagens para mim fazer essa viagem. (para eu fazer; usepara eu sempre que indicar ação)

20. (TFT-MA) "O individualismo não a alcança". A colocação do pronome átono está em desacordo com a norma culta da língua, na seguinte alteração da passagem acimam:

a) O individualismo não a consegue alcançar.
b) O individualismo não está alcançando-a.
c) O individualismo não a teria alcançado.
D) O individualismo não tem alcançado-a. (não existe ênclise com verbo no particípio)
e) O individualismo não pode alcançá-la.

21. (Brás Cubas) "Alguém, antes que Pedro o (antes que fizesse isso) fizesse, teve vontade de falar o (aquilo) que (o qual) foi dito". O pronome dispõem-se nesta ordem:

a) de tratamento, pessoal, oblíquo, demonstrativo;
b) indefinido, relativo, pessoal, relativo;
c) demonstrativo, relativo, pessoal, indefinido;
D) indefinido, relativo, demonstrativo, relativo;
e) indefinido, demonstrativo, demonstrativo, relativo.

22. (CM) Obserando as recomendações quanto à colocação dos pronomes oblíquos átonos, pode-se afirmar que está correta a frase:

a) O dinheiro que entreguei-lhe era meu. (que lhe entreguei)
b) No curso de pedagogia estudaria-se provavelmente História da Educação. (estudar-se-ia)
c) Nunca enganamo-nos a esse respeito. (nunca nos enganamos)
D)Em tempos de vacas magras, compra-se o indispensável.
e) Caso procurem-me, diga que viajei. (aso me procurem)

23. Assinale a opção em que há um pronome inadequadamente utilizado.

a) custou a mim acordar cedo.
b) Convém a mim dizer a verdade.
c) Será conveniente para mim estudar.
D) Foi fundamental para eu ter hábito de estudo. (isso foi fundamental para mim)
e) Sempre haverá livros par eu ler.

24. (TRE-RJ) A frase em que há erro quanto ao emprego do pronome "lhe" é:

a) Nunca lhe diria mentira.
b) Ter-lhe-iam falado a meu respeito?
C) Louvemos-lhe, porque ele o merece. (quem louva louva alguém, o verbo não exige a; correto: Louvemo-lo porque ele o merece.)
d) De Fernando só lhe conhecia a fama.
e) Sei que não lhe agrada essa conversa.

27 de agosto de 2015

Temas Redação Enem 2015: Aplicativos VS Serviços


Desde o início deste ano, a sociedade brasileira tem sido telespectadora de pelo menos três guerras entre aplicativos deinternet e serviços nas quais a concorrência, a preferência do consumidor, a qualidade do atendimento e da prestação de serviço e os impostos devidos estão no centro dos embates. Estamos nos referindo às brigas comerciais entre o Netflix® e as operadoras de TV a cabo, o Uber® e os taxistas e o WhatsApp® e as operadoras de telefonia móvel. Como o Enem já abordou em suas propostas de redação temas relacionados a internet, pensamos ser importante abordar esta questão na coluna de redação, até porque trata-se de uma discussão atual que envolve a grande maioria dos brasileiros, já que o uso da rede mundial de computadores e dos smartphones só cresce no Brasil.
De forma simplista, já que o Netflix utiliza um aplicativo para fornecer o seu serviço, os aplicativos chamam muito a atenção e atraem cada vez mais pessoas por serem gratuitos ou por cobrarem valores muito menores do que os praticados pelos concorrentes, além de oferecerem um serviço mais personalizado de acordo com o perfil e as necessidades de seu público alvo. Além disso, por terem sido criados pensando na internet em todos os sentidos, a divulgação dos mesmos é rápida e abrangente e, consequentemente, sua disseminação também.
Netflix®, por exemplo, oferece um serviço chamado streaming no qual você pode assistir – por meio de celulares,tablets, computadores, notebooks e televisões – filmes, séries, shows, novelas, documentários, dentre outros gêneros, por menos de R$20,00 mensais cobrados na fatura do cartão de crédito. O telespectador pode pausar o que está assistindo e voltar a assistir do ponto em que parou, pode classificar o que assistiu e, assim, gêneros e temas semelhantes aos que ele mais gostou serão mostrados e os que obtiveram as notas mais baixas não aparecerão mais e pode escolher entre assistir um filme dublado ou legendado (em várias línguas, inclusive). Ou seja, neste caso, o cliente escolhe o que quer assistir e não depende da grade de programação e dos horários do canal de televisão a cabo ou aberto.
Para as operadoras de TV a cabo, trata-se de uma concorrência desleal, já que, segundo elas, o Netflix® não paga os mesmos impostos, argumento rebatido pela empresa. As operadoras desejam regulamentar esse tipo de serviço no Brasil que já conta com quase três milhões de assinantes com apenas cinco anos presente no país.
aplicativos
Outra briga envolvendo um aplicativo e uma série de empresas é a entre o WhatsApp® e as operadoras de telefonia einternet móvel. Estas acusam o aplicativo, que foi comprado pelo Facebook®, de usarem o número de celular de cada cliente para criar um usuário e, por meio deste número, realizar chamadas de voz. Recentemente, o WhatsApp® lançou as chamadas de voz, pois até o momento era possível apenas enviar mensagens de voz e, mais uma vez, os impostos estão no cerne do embate, pois as operadoras alegam que pagam taxas por cada número de celular ativado no Brasil, o que não é feito pelo aplicativo. Para os órgãos de defesa do consumidor, não se trata de uma operadora pirata, mas sim de chamadas de voz realizadas através da internet e, portanto, diferentes de ligações entre dois celulares.
Apesar destas duas brigas de cachorros grandes, como se diz no Português popular, nenhuma causou tanta confusão e gerou manifestações e até agressões como a briga entre o Uber® e os taxistas. O Uber® é um aplicativo de celular pelo qual um carro pode ser chamado pelo cliente a fim de buscá-lo e levá-lo aonde quiser, isto é, trata-se de um serviço de transporte alternativo, semelhante aos táxis, porém com algumas diferenças que estão no centro dos debates.
O motorista Uber®, pelas regras do aplicativo, deve sempre estar vestindo roupas sociais e estar dirigindo um carro preto, de preferência de luxo, com ar-condicionado e bancos de couro, do qual arca com todos os custos, diferentemente dos taxistas que ganham descontos no momento da compra do carro, assim como obtém isenção de alguns impostos e não pagam IPVA, direitos não concedidos aos motoristas do aplicativo. No entanto, os taxistas devem pagar uma licença para trabalhar e a cada cinco ano devem passar por exames, algo que não precisa ser feito pelos motoristas do Uber®.
Taxistas que são contra o aplicativo por considerarem que ele concorre deslealmente, realizaram manifestações em várias cidades brasileiras e alguns chegaram a agredir motoristas Uber® e a cometer atos de vandalismos contra seus carros.
Um dos contra-argumentos relacionados a estas três guerras comerciais diz respeito à qualidade do serviço: muitas pessoas afirmam que os taxistas e as operadoras de TV a cabo e de telefonia e internet móvel deveriam se preocupar em melhorar a qualidade de seus serviços e de seu atendimento ao invés de reclamarem de concorrência desleal e de pirataria. Ou seja, o direito de escolha e a opinião do consumidor estão no centro destes três debates, além de toda a questão da customização e da globalização e acessibilidade dos serviços por meio da internet, já que estamos falando, no caso das operadoras, de grandes marcas de grandes empresas.
Não podemos nos esquecer de que as operadoras de telefonia móvel lideram, há um bom tempo, a lista de reclamações de órgãos de defesa do consumidor pela má qualidade no atendimento e pela cobrança indevida de taxas extras.
E você, leitor, como se coloca nesta questão? De qual lado você está e por quê?