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9 de janeiro de 2014

Gabarito - verbos, verbos, verbos



            
 
 

Verbos - gabarito comentado

01- Ele .................. que a sensatez dos convidados ..................... a euforia geral e ....................... as dúvidas.
  • supusera – freasse – desfizesse
  • supora – freasse – desfizesse
  • supusera – freiasse – desfazesse
  • supora – freiasse – desfizesse
  • supora – freiasse – desfazesse
- O verbo supor é derivado do verbo pôr, pois todos os verbos terminados em –por o são. Sua conjugação é, portanto, idêntica à do verbo pôr. A questão pede que o aluno conjugue o verbo supor no pretérito mais-que-perfeito do indicativo, tempo que indica ação passada à do pretérito perfeito do indicativo.
O pret. mais-que-perfeito é um tempo derivado da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito, retirando-se as letras –am: A terceira pessoa do plural do pretérito perfeito é a seguinte: Ontem eles puseram; retirando-se as letras –am, sobra a base do pretérito mais-que-perfeito do indicativo: pusera. O mesmo acontece com o verbo supor: supusera.
- Os verbos terminados em –EAR só têm a letra i acrescida depois do radical nas formas rizotônicas, que são as seguintes: eu, tu, ele e eles do presente do indicativo e eu, tu, ele e eles do presente do subjuntivo. A questão apresenta o verbo frear conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo; não há, portanto, a letra i: freasse.
- O verbo desfazer é derivado do verbo fazer e como este é conjugado. O adequado é Se ele fizesse; portanto, também o é Se ele desfizesse.
A frase fica assim:
Ele supusera que a sensatez dos convidados freasse a euforia geral e desfizesse as dúvidas.

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02- Tendo ...................... na operação, os funcionários se ............................. a serviços essenciais e executaram as tarefas que lhes .......................... .
  • intervido – ativeram – caberam
  • intervido – ateram – couberam
  • intervindo – ateram – caberam
  • intervindo – ativeram – couberam
  • intervido – ativeram – couberam
- O verbo intervir é derivado de vir: Eu venho – Eu intervenho. Toda sua conjugação, portanto, é idêntica à do verbo vir: Tendo vindo – Tendo intervindo.

- O verbo ater-se é derivado de ter: Eu tenho – Eu me atenho. Toda sua conjugação, portanto, é idêntica à do verbo ter: Os funcionários tiveram – Os funcionários se ativeram.

- O verbo caber tem a seguinte conjugação no pretérito perfeito do indicativo:

eu coube, tu coubeste, ele coube, nós coubemos, vós coubestes, eles couberam.

A frase fica assim:

Tendo intervindo na operação, os funcionários se ativeram a serviços essenciais e executaram as tarefas que lhes couberam.

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03- Transpondo para a voz passiva a frase O auxiliar judiciário estava organizando os arquivos, obtém-se a forma verbal:
  • foram sendo organizados
  • estavam sendo organizados
  • foram organizados
  • tinham sido organizados
  • eram organizados
Para passar uma oração da voz ativa para a passiva, procede-se da seguinte forma:

- Transforma-se o objeto direto em sujeito paciente;
- Transforma-se o sujeito agente em agente da passiva, encabeçado pela preposição por ou de;
- Forma-se uma locução verbal, acrescentando-se, no mesmo tempo e modo da VTD da voz ativa, o verbo ser como auxiliar do VTD, que ficará no particípio.

A frase apresentada tem os seguintes termos na voz ativa:

  • Sujeito agente: O auxiliar judiciário
  • VTD: estava organizando (é uma locução verbal)
  • OD: os arquivos
Passando para a voz passiva:

  • Os arquivos: OD que se transformou em sujeito paciente;
  • estavam sendo organizados: locução verbal, em que se acrescentou, na mesma forma nominal (gerúndio) da VTD da voz ativa, o verbo ser como auxiliar do VTD, que fica no particípio
  • pelo auxiliar judiciário: sujeito agente que se transformou em agente da passiva.
A frase fica assim então:

Os arquivos estavam sendo organizados pelo auxiliar judiciário.

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04- Transpondo para a voz ativa a frase Os pretendentes ao cargo teriam sido cadastrados pelo coordenador, obtém-se a forma:
  • cadastraria
  • teria cadastrado
  • terá cadastrado
  • tinha cadastrado
  • seriam cadastrado
Para passar uma oração da voz passiva para a ativa, procede-se da seguinte forma:
- Transforma-se o sujeito paciente em objeto direto;
- Transforma-se o agente da passiva em sujeito agente;
- Retira-se da oração o verbo ser e passa o VTD da voz ativa para o mesmo tempo e modo do verbo ser.
A frase apresentada tem os seguintes termos na voz ativa:

  • Sujeito paciente: Os pretendentes ao cargo
  • Locução verbal passiva: teriam sido cadastrados
  • Agente da passiva: pelo coordenador
Passando para a voz passiva:

  • O coordenador: Agente da passiva que se transformou em sujeito agente;
  • teria cadastrado: retira-se o verbo ser e coloca-se o VTD na mesma forma nominal (particípio).
  • Os pretendentes ao cargo: sujeito paciente que se transformou em objeto direto.
A frase fica assim então:

O coordenador teria cadastrado os pretendentes ao cargo.

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05- Não se ................... e .............................. bem cada palavra que .......................... .
  • precipite – pesa – pronunciares
  • precipite – pese – pronunciar
  • precipita – pesa – pronunciar
  • precipita – peses – pronunciares
  • precipite – peses – pronunciar
Os verbos precipitar-se e pesar estão conjugados no modo imperativo, pois indicam conselho. Forma-se o imperativo da seguinte maneira:

Imperativo afirmativo:
- tu e vós: provêm do presente do indicativo, retirando-se a letra s da forma verbal;
- você, nós e vocês: provêm do presente do subjuntivo.

Imperativo negativo:
- Todas as pessoas provêm do presente do subjuntivo

O presente do indicativo é caracterizado pela expressão Todos os dias...
O presente do subjuntivo, pela expressão Espero que...

Na frase apresentada, o verbo apresentar-se esta no imperativo negativo, e pesar no imperativo afirmativo; ambos referem-se à terceira pessoa, você. Conjugam-se, então, assim:

Espero que você não se precipite.
Espero que você pese.

- O verbo pronunciar, na terceira pessoa do singular, é conjugado pronunciar, e não pronunciares, que é a conjugação da segunda pessoa do singular, tu.

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06- Assim que .................... encaminhados ao arquivo e ......................... colhido todos os dados, é provável que já ..................... prontos para iniciar o trabalho.
  • sermos – termos – estejamos
  • formos – tivermos – estejamos
  • formos – tivermos – estejemos
  • formos – termos – estejamos
  • sermos – tivermos – estejemos
- A locução assim que indica acontecimento imediatamente após outro. Na frase, o acontecimento imediato não é fato, e sim hipótese futura. O tempo em que o verbo ser tem de ser conjugado, portanto, é o futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo (Ontem eles...), retirando-se as letras –am: Ontem eles foram; retirando-se as letras am: for é a base do futuro do subjuntivo do verbo ser. A primeira pessoa do plural fica formos.

- O verbo ter também tem de estar no futuro do subjuntivo, uma vez que a conjunção aditiva e une as duas orações; os dois verbos têm de estar no mesmo tempo verbal, portanto: Ontem eles tiveram; retirando-se as letras am: tiver. Primeira pessoa do plural: tivermos.

- A expressão é provável que indica hipótese presente, portanto o verbo estar tem de ser conjugado no presente do subjuntivo: Espero que nós estejamos.

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07- Leia as frases:

I- Os leitores de jornal não .................. os artigos mais longos.
II- Se eles ....................... a programação, já seria ótimo.
III- Quando ele ......................, receba-o com delicadeza.
  • leem – obtiveram – vir
  • leem – obtiverem – vier
  • lêm – obterem – vier
  • lêem – obterem – ver
  • lêem – obtiverem – vier
- Os verbos crer, dar, ler e ver e seus derivados são os únicos em que ocorre a duplicação do e, A última reforma ortográfica eliminou o acento de tal terminação: Eles creem, eles leem, eles veem, que eles deem.

- O verbo obter é derivado do verbo ter: Eu tenho – Eu obtenho. Toda sua conjugação, portanto, é idêntica à do verbo ter: Se eles tiverem – Se eles obtiverem.

- Hipótese futura exige o verbo no futuro do subjuntivo, tempo que participa de oração iniciada pela conjunção quando ou se. O futuro do subjuntivo provém da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo (Ontem eles...), retirando-se as letras am: Ontem eles viram o filme; retirando-se as letras am: vir é a base do futuro do subjuntivo do verbo ver. Ontem eles vieram até aqui; retirando-se as letras am: vier é a base do futuro do subjuntivo do verbo vir.

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08- Só está correta a forma verbal na frase:
  • Embora ele esteje indicado, o Senado ainda não o aprovou.
  • Ele passeiava diariamente no parque.
  • Quando eles trouxeram a permissão, poderão entrar.
  • Se mantermos as posições, o inimigo não avançará.
  • Os deputados se entretiam com esses discursos.
- Os verbos ser e estar têm a terminação –eja, no presente do subjuntivo: que eu seja, que eu esteja; embora ele seja, embora ele esteja.
- Os verbos terminados em –ear recebem um i depois do radical somente na formas rizotônicas, que são as seguintes: eu, tu, ele e eles do presente do indicativo e eu, tu, ele e eles do presente do subjuntivo. Nenhuma outra forma verbal tem esse i, portanto o adequado é Ele passeava.
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09- Não se ........................ dias melhores, os problemas de ordem econômica .......................... preocupando muitas pessoas: ..................... que as dificuldades não são problemas para poucos.
·         entrevem – vem – conclue-se
·         entrevêem – vêem – conclui-se
·         entrevem – vêm – conlcui-se
·         entrevem – vêm – conclui-se
·         entreveem – vêm – conclui-se

- O verbo entrever, que significa prever, é derivado de ver: Todos os dias eu vejo – Todos os dias eu entrevejo. Toda a sua conjugação é, portanto, idêntica à do verbo ver. Na frase apresentada, o pronome se é partícula apassivadora, uma vez que o verbo é transitivo direto e o elemento paciente não é preposicionado, sendo, portanto, o sujeito de entrever: Não se entreveem dias melhores = Dias melhores não são entrevistos. Como o sujeito está na terceira pessoa do plural, escreve-se com dois ee, sem acento: entreveem.

- O verbo vir tem como sujeito os problemas; escreve-se, então, com um e só com acento circunflexo: eles vêm.

- Os verbos terminados em uir escrevem-se com i no presente do indicativo: eu concluo, tu concluis, ele conclui, nós concluímos, vós concluís, eles concluem.

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10- “E quando os mórmons se viram frente ao problema de povoar um deserto, não hesitaram em sancionar a poligamia.” Das sentenças abaixo, construídas com verbos derivados de ver, a adequada é:
·         Os mórmons anteveram as dificuldades a serem enfrentadas.
·         Quando os mórmons entrevem as dificuldades a enfrentar, agem corajosamente.
·         Os mórmons já se tinham provisto dos recursos necessários para seguir para o deserto.
·         Se os mórmons prevessem as dificuldades que enfrentariam, talvez tivessem desistido.
·         Sempre que os mórmons revirem a história da colonização do deserto, sentir-se-ão honrados.

Os verbos derivados de ver têm a mesma conjugação deste. Portanto, basta conjugar o verbo ver e antepor o prefixo do verbo derivado:

- Os mórmons viram – Os mórmons anteviram
- Quando os mórmons veem – Quando os mórmons entreveem

- O verbo prover, que significa abastecer, tem a mesma conjugação que ver somente no presente do indicativo e no presente do subjuntivo: eu vejo – eu provejo; que eu veja – que eu proveja. Nos demais tempos, a conjugação é regular, ou seja, conjuga-se prover nos demais tempos como qualquer verbo regular terminado em er, como vender: Os mórmons já tinham vendido – Os mórmons já tinham provido

- Se os mórmons vissem – Se os mórmons previssem
- Sempre que os mórmons virem – Sempre que os mórmons revirem

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11- Em qual opção o verbo não se encontra na voz passiva?
·         Far-se-ão registros e títulos eleitorais.
·         O cabo eleitoral e o candidato elogiaram-se durante a votação.
·         Apuraram-se rapidamente os votos daquela região.
·         Em outras épocas já se fizeram experiências semelhantes.
·         Ouvia-se do lado de fora o sussurro dos eleitores.

Haverá voz passiva com o pronome se quando este for partícula apassivadora. Isso ocorrerá quando houver verbo transitivo direto com elemento paciente sem preposição, que passa a ser o sujeito paciente.

- O verbo fazer é transitivo direto, pois Quem faz, faz algo; o elemento paciente não é preposicionado: registros e títulos eleitorais; o se é, portanto, partícula apassivadora: Far-se-ão registros e títulos eleitorais = Registros e títulos eleitorais serão feitos por alguém.

- Apesar de o verbo elogiar ser transitivo direto, o sujeito não é paciente, pois o cabo eleitoral e o candidato não foram elogiados por alguém, e sim elogiaram um ao outro. A voz não é passiva, e sim reflexiva.

- O verbo apurar é transitivo direto, pois Quem apura, apura algo; o elemento paciente não é preposicionado: os votos; o se é, portanto, partícula apassivadora: Apuraram-se os votos =
Os votos foram apurados por alguém.

- O verbo fazer é transitivo direto, pois Quem faz, faz algo; o elemento paciente não é preposicionado: experiências semelhantes; o se é, portanto, partícula apassivadora: Já se fizeram experiências semelhantes = Experiências semelhantes já foram feitas por alguém.

- O verbo ouvir é transitivo direto, pois Quem ouve, ouve algo; o elemento paciente não é preposicionado: o sussurro dos eleitores; o se é, portanto, partícula apassivadora: Ouvia-se o sussurro dos eleitores = O sussurro dos eleitores era ouvido por alguém.

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12- Observe a frase: “Se tu ...................... que os eleitores chegam para votar, .......................... a porta e ....................-os entrar.
·         veres – abre – deixa
·         veres – abra – deixe
·         vires – abra – deixa
·         vires – abre – deixa
·         virdes – abri – deixai

- A frase Se tu ...... indica hipótese futura. O tempo que indica hipótese futura é o futuro do subjuntivo, tempo que provém da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo (Ontem eles...), retirando-se as letras am: Ontem eles viram; retirando-se as letras am: vir é a base para o futuro do subjuntivo. A segunda pessoa do singular, tu, do futuro do subjuntivo tem a desinência es: vir + es: vires.

- Os verbos abrir e deixar estão no modo imperativo, uma vez que indicam um conselho. O imperativo afirmativo de tu provém do presente do indicativo, sem a letra s: Todos os dias tu abres; retirando-se a letra s: abre. Todos os dias tu deixas; retirando-se a letra s: deixa.

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13- Qual opção foge às normas da língua escrita padrão?
·         A redação de um documento exige que a pessoa conheça uma fraseologia complexa e arcaizante.
·         Para alguns professores, o ensino da língua portuguesa será sempre melhor se houver o domínio das regras de sintaxe.
·         O ensino de Português tornou-se mais dinâmico depois que textos de autores modernos foram introduzidos no currículo.
·         O ensino de Português já sofrera profundas modificações quando se organizou um simpósio nacional para discutir o assunto.
·         Não fora a coerção exercida pelos defensores do purismo lingüístico, todos teremos liberdade de expressão.

- É um fato a exigência atual, por isso o verbo exigir está conjugado no presente do indicativo (exige). Não é um fato o conhecimento de uma fraseologia, e sim uma hipótese presente, por isso o verbo conhecer está conjugado no presente do subjuntivo (conheça).

- Nessa frase ocorre a correlação entre o futuro do presente (será) e o futuro do subjuntivo (houver).

- Nessa frase ocorre a correlação entre o pretérito perfeito do indicativo (tornou-se) e o pretérito mais-que-perfeito do indicativo (foram).

- Nessa frase ocorre a correlação entre o pretérito perfeito do indicativo (organizou) e o pretérito mais-que-perfeito do indicativo (sofrera).

- Nessa frase a correlação fora e teremos é inadequada. O adequado seria fosse e teríamos.

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14- A ferida foi reconhecida grave. A transposição acima para a voz ativa está corretamente indicada em:
·         Reconheceu-se a ferida como grave.
·         Reconheceu-se uma grave ferida.
·         Reconheceram a gravidade da ferida.
·         Reconheceu-se que era uma ferida grave.
·         Reconheceram como grave a ferida.

Para passar uma oração da voz passiva para a ativa, procede-se da seguinte forma:
- Transforma-se o sujeito paciente em objeto direto;
- Transforma-se o agente da passiva em sujeito agente;
- Retira-se da oração o verbo ser e passa o VTD da voz ativa para o mesmo tempo e modo do verbo ser.

A frase apresentada tem os seguintes termos na voz ativa:

  • Sujeito paciente: A ferida
  • Locução verbal passiva: foi reconhecida
  • Agente da passiva: não há o agente da passiva expresso
  • Quando não houver o agente da passiva expresso, a ativa terá sujeito indeterminado; por isso, o verbo transitivo direto da ativa fica na terceira pessoa o plural.
Passando para a voz passiva:

  • Sujeito indeterminado: Eles
  • Reconheceram: retira-se o verbo ser e coloca-se o VTD na terceira pessoa do plural.
  • a ferida: sujeito paciente que se transformou em objeto direto.
  • grave: predicativo do objeto, que tem de ser encabeçado por como, para diferençá-lo de adjunto adnominal.
A frase fica assim então:
Reconheceram a ferida como grave.
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15- Alguns tempos do modo indicativo podem ser utilizados com valor imperativo. Está neste caso o verbo sublinhado na seguinte alternativa:
  • Não matarás, diz a Bíblia.
  • Faça logo esse serviço.
  • Saiam logo depois do sinal.
  • Prestem atenção ao que foi dito.
  • Não desçam correndo a escada.
Imperativo é o modo que indica ordem, pedido, conselho, apelo.

Forma-se o imperativo afirmativo da seguinte maneira:

- tu e vós: a estrutura verbal provém do presente do indicativo, retirando-se a letra s. Por exemplo: Canta a canção que só tu sabes. / Cantai a canção que só vós sabeis.

- você, nós e vocês: a estrutura verbal provém do presente do subjuntivo. Cante a canção que só você sabe. / Cantemos a canção que só nós sabemos. / Cantem a canção que só vocês sabem.

Forma-se o imperativo negativo da seguinte maneira:

- todas as pessoas: a estrutura verbal provém do presente do subjuntivo. Não cantes a canção que tu não conheces. / Não cante a canção que você não conhece. / Não cantemos a canção que nós não conhecemos. / Não canteis a canção que vós não conheceis. / Não cantem a canção que vocês não conhecem.

Das frases apresentadas, a única que não contém verbo conjugado no imperativo, mas que indica ordem ou conselho é a seguinte
Não matarás.
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16- A eletricidade era empregada para acender lâmpadas. Redigiu-se de outra forma a frase anterior. Assinale a alternativa em que se verifica uma perfeita correspondência entre as duas formas de redação:
  • Empregou-se a eletricidade para acender lâmpadas.
  • A eletricidade poderia ser empregada para acender lâmpadas.
  • Empregava-se a eletricidade para acender lâmpadas.
  • Para acender lâmpadas, emprega-se a eletricidade.
  • A eletricidade será empregada para aceder lâmpadas.
Na frase apresentada, o verbo está conjugado no pretérito imperfeito do indicativo, o que indica ação passada com continuidade (Naquela época, era empregada). A oração está na voz passiva, pois o sujeito é paciente.
A única frase que indica ação passada com continuidade e com voz passiva é a seguinte: Empregava-se a eletricidade. Essa é a voz passiva sintética; aquela, a voz passiva analítica. Na passiva sintética, há o pronome se, denominado de partícula apassivadora, o que transforma o objeto direto em sujeito.

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17- O controle de várias formas de energia deu ao homem um enorme poder. Nesse trecho, o verbo dar pode causar a impressão de que o homem é um ser passivo. Na realidade, porém, sabe-se que o homem procura ser agente. Que frase mostra mais claramente o caráter ativo do homem?
  • O controle de várias formas de energia concedeu ao homem um enorme poder.
  • Ao homem foi dado poder pelo controle de várias formas de energia.
  • O homem conquistou um enorme poder como controle de várias formas de energia.
  • Deu-se ao homem um enorme poder de controlar várias formas de energia.
  • O homem herdou o controle de várias formas de energia.
A única frase em que o homem tem caráter ativo é a seguinte:

O homem conquistou...

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18- .........................., entre analistas políticos, que, se o governo ........................ essa política salarial e se o empresariado não .................... as perdas salariais, ........................ sérios problemas estruturais a serem resolvidos e, quando os sindicatos ............................., estará instalado o caos total.
  • Comentam-se – manter – repor – haverão – intervierem
  • Comenta-se – mantiver – repuser – haverão – intervirem
  • Comenta-se – mantesse – repuser – haverão – intervierem
  • Comenta-se – mantiver – repuser – haverá – intervierem
  • Comentam-se – manter – repor – haverá – intervirem
- É partícula apassivadora o pronome se junto a verbo transitivo direto acompanhado de objeto direto, que se transforma em sujeito paciente. O verbo concordará com o sujeito: Que é que se comenta? Resposta: que haverá sérios problemas estruturais... Como o sujeito paciente é uma oração, o verbo comentar tem de ficar na terceira pessoa do singular: Comenta-se...

- Oração iniciada pela conjunção se ou pela conjunção quando que indica hipótese futura exige o verbo conjugado no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo (Ontem eles...), retirando-se as letras am: Ontem eles mantiveram, eles repuseram, eles intervieram: retirando-se as letras am: mantiver, repuser, intervier é a base do futuro do subjuntivo.
- O verbo haver fica na terceira pessoa do singular quando for impessoal. Isso acontece quando significar existir, acontecer ou ocorrer ou quando indicar tempo decorrido: acontecerão sérios problemas = haverá sérios problemas.
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19- Em qual frase o verbo não pode ser conjugado no subjuntivo?
·         Olhou para o cão enquanto esperava que lhe (abrir) a porta.
·         Por que foi que aquela criatura não (proceder) com franqueza?
·         É preciso que uma pessoa se (trancar) para encurtar a despesa.
·         Deixa de luxo, minha filha, será o que Deus (querer).
·         Se isso me (ser) possível, procuraria a roupa.

São três os tempos do subjuntivo: presente, pretérito imperfeito e futuro.
- Presente: caracteriza-se por uma hipótese ou desejo: Espero que estude; É preciso que aprenda mais.
- Pretérito imperfeito: caracteriza-se por ação passada ou atemporal, em orações subordinadas iniciadas pela integrante que, e em cuja oração principal há noção de desejo, ordem, pedido, sugestão, etc.: Queriam que eu fosse médico; mandaram que ele tirasse o chapéu, ou em orações subordinadas condicionais iniciadas por se ou caso: Se tivesse dinheiro, compraria uma casa; caso soubesse das suas intenções, teria tomado cuidado.
- Futuro: caracteriza-se por uma hipótese futura, condicional ou temporal: Se ele for...; Quando ele vier.
  • Esperava que lhe abrissem a porta: ação passada em oração subordinada iniciada pela integrante que, com noção de sugestão.
  • É preciso que se tranque: desejo presente.
  • Será o que Deus quiser: hipótese futura.
  • Se isso me fosse possível: ação atemporal em oração subordinada condicional iniciada por se.
·         Por que foi que aquela criatura não procedeu com franqueza?: o verbo proceder tem de ser conjugado no pretérito perfeito do indicativo, pois indica um fato ocorrido no passado em determinado momento.
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20- Qual o plural de tem, dê e vê?
O plural é têm, deem, veem

Os verbos que têm a duplicação do e (-eem) são crer, ler e ver na terceira pessoa do plural do presente do indicativo (eles creem, leem, veem) e na terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo dar (que eles deem). A última reforma ortográfica eliminou o acento de tal terminação.

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21- Verbos derivados de ter, de vir e de ver:
  • Cada qual faz como melhor lhe convém.
O verbo convir é derivado do verbo vir. Os derivados de vir recebem acento agudo na terceira pessoa do singular do presente do indicativo (ele convém) e acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo (eles convêm)
  • O que contêm estes frascos.
O verbo conter é derivado do verbo ter. Os derivados de ter recebem acento agudo na terceira pessoa do singular do presente do indicativo (ele contém) e acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo (eles contêm)
  • Nestes momentos os teóricos revêem os conceitos.
O verbo rever é derivado do verbo ver. Os derivados de ver têm a duplicação do e, sem acento (-eem): ele revê; eles reveem
  • Eles proveem a casa do necessário.
O verbo prover, cujo significado é abastecer tem a mesma conjugação de ver no presente do indicativo e no presente do subjuntivo. Por isso, o certo é eles proveem.

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22- Em qual opção o verbo está flexionado incorretamente?
·         O enxoval conviria às noivas dos bairros mais pobres.
·         Não despeças os carregadores antes do desembarque.
·         Os policiais interviram nos protestos dos grevistas.
·         A noiva precaveu-se contra os prejuízos da mudança.
·         Eu expeço, primeiramente, as malas dos estudantes.

Os verbos terminados em –edir têm conjugação idêntica à do verbo pedir, com exceção dos terminados em –gredir, que são conjugados como agredir.

- Não peças, portanto Não despeças os carregadores...
- Eu peço, portanto Eu expeço...
Os verbos derivados têm conjugação idêntica à do verbo primitivo.

Para descobrir se os verbos terminados em vir, em ver e em ter são derivados de vir, de ver e de ter basta conjugá-los na primeira pessoa do singular do presente do indicativo (Tempo que caracterizamos com a frase Todos os dias...): se esta pessoa for terminada em venho, em vejo e em tenho, o verbo será derivado, respectivamente, de vir, de ver e de ter. Por exemplo:

Eu provenho, convenho, advenho, intervenho (verbos convir, advir e intervir): são, portanto, derivados de vir.

Eu prevejo, antevejo, revejo (verbos prever, antever e rever): são, portanto, derivados de ver.

Eu entretenho, retenho, mantenho (verbos entreter, reter e manter): são, portanto, derivados de ter.

- Ele viria, portanto O enxoval conviria...
- Eles vieram, portanto Os policiais intervieram...

Já o verbo precaver, que também pode ser pronominal (precaver-se) tem conjugação especial: No presente do indicativo só existem as pessoas nós e vós: nós precavemos, vós precaveis. É, então, um verbo defectivo. Nos demais tempos tem conjugação idêntica à do verbo escrever:

- Eu escrevi, portanto Eu precavi
- Ele escreveu, portanto Ele precaveu, A noiva precaveu-se...
- Eles escreveram, portanto Eles precaveram
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23- Em qual opção não há erro na voz passiva?
  • Lamentamos que o pouco tempo disponível venha a prejudicar o processo que foi iniciado de forma incorreta.
  • No quarto, já tinham sido espalhados vários colchões pelo chão, para acomodar os parentes que vinham de longe.
  • À distância, viam-se pequenos pontos de luz, a denunciar a presença de casas por ali.
  • Assim que começou a cursar Medicina, sentiu-se atraído para a área de neurologia.
  • A lembrança de sua convivência conosco ia sendo afastada à medida que os afazeres iam nos absorvendo.
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24- “Com o último trompejo do berrante, engarrafam no curral da estrada-de-ferro o rebanho” (Guimarães Rosa). A forma verbal engarrafam se encontra no tempo:
  • Presente do subjuntivo
  • Imperfeito do indicativo
  • Pretérito perfeito do indicativo
  • Presente do indicativo
  • Imperativo afirmativo
Características dos tempos verbais:
Indicativo:
  • Presente: indica ação corriqueira; exprime atualidade. Pode ser caracterizado por uma das frases a seguir: Todos os dias...; Anualmente...; Semanalmente...
  • Pretérito perfeito: ação realizada no passado; terminada no passado. Pode ser caracterizado pelo advérbio Ontem...
  • Pretérito imperfeito: indica ação em curso no passado. Pode ser caracterizado pela expressão Naquela época, todos os dias...
  • Pretérito mais-que-perfeito: indica uma ação ocorrida no passado anteriormente ao pretérito perfeito. Sempre é terminado em ara, era, ira e ora.
  • Futuro do presente: indica ação futura, que certamente acontecerá. Pode ser caracterizado pelo advérbio Amanhã...
  • Futuro do pretérito: era, antigamente, chamado de condicional por depender de uma condição. Por isso pode ser caracterizado pela expressão Se eu fosse você, eu ...ria. Sempre é terminado em ria.
Subjuntivo
  • Presente: indica um desejo de que algo aconteça, por isso pode ser caracterizado pela expressão Espero que...
  • Pretérito imperfeito: indica uma condição, por isso pode ser caracterizado pela expressão Se você ...sse, eu ...ria. Sempre tem a desinência sse.
  • Futuro: indica uma hipótese futura. Participa de oração geralmente iniciada pela conjunção se ou quando: Quando você fizer...
A forma verbal engarrafam, portanto, se encontra no presente do indicativo: Todos os dias eles engarrafam.

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25- “Um prólogo a um livro de versos é cousa que se não lê, e quase sempre com razão.” (Sílvio Romero) O verbo :
  • Está na voz passiva e seu sujeito é que.
  • Está na voz ativa, seu sujeito é cousa e seu objeto direto é versos.
  • Está na voz reflexiva,e  o sujeito versos pratica e recebe a ação, ao mesmo tempo.
  • Sugere reciprocidade de ação, pois há troca de ações entre os versos e quem os lê.
  • Funciona acidentalmente como verbo de ligação, com predicativo oculto.
Em “... cousa que se não lê”, o verbo ler está acompanhado do pronome se. Ler é verbo transitivo direto, pois Quem lê, lê algo. Alguém não lê o quê? Resposta: cousa, que é o objeto direto de ler.
Verbo transitivo direto com objeto direto acompanhado do pronome se forma a chamada voz passiva sintética, em que se é partícula apassivadora e o objeto direto se transforma em sujeito, pois, na voz passiva, quem sofre a ação é o sujeito.

Quando, ao analisar sintaticamente um verbo, procurar qualquer função sintática, encontrar um substantivo (ou palavra substantivada) que esteja antes do verbo e, entre os dois, houver que, quem ou qual, provam-se três coisas:
a- que, quem, qual são pronomes relativos;
b- eles iniciam oração subordinada adjetiva;
c- a função que se estava procurando pertence ao pronome relativo.

Na frase apresentada ocorre tudo isso, ou seja, ao analisar o verbo ler, procurando a função de sujeito, encontramos o substantivo cousa; entre o verbo e o substantivo, há que, que é, então, pronome relativo. Ele inicia uma oração subordinada adjetiva, e a função que procurávamos (sujeito de ler) pertence a ele.

Ler, então, está na voz passiva, e seu sujeito é que.

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26- “Ontem à noite / Eu procurei / Ver se aprendia / Com é que se fazia / Uma balada / Antes d’ir / Pro meu hotel” (Oswald de Andrade: “Balada da Esplanada”) Há uma locução verbal nesse texto. Essa locução é:
  • procurei ver
  • ver se aprendia
  • aprendia como é
  • é que se fazia
  • antes de ir
Locução verbal é a junção de dois verbos indicando apenas uma ação ou ligando o sujeito a sua qualidade. O verbo que indica a ação ou a qualidade é o verbo principal; o outro, o verbo auxiliar. Os principais verbos auxiliares são os seguintes: ter, haver, ser, estar, poder, dever, querer e ir.

A locução verbal do texto é procurei ver, pois são dois verbos indicando uma só ação.

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27- conforme o médico nos ........................, seu organismo agora já .................... o cálcio.
  • prevenira – retem
  • previnira – retém
  • provenira – retém
  • previnira – retem
  • prevenira – retém
O verbo prevenir é irregular: ocorre a troca do segundo e por i nas pessoas eu, tu, ele e eles do presente do indicativo, em todo o presente do subjuntivo e no imperativo: todos os dias eu me previno; espero que você se previna; previna-se contra os assaltos! Nos demais tempos, não ocorre essa troca, por isso o adequado é prevenira.

Os verbos derivados de ter e de vir (aqueles cuja primeira pessoa do singular do presente do indicativo é terminada em -tenho e em –venho) têm acento agudo na terceira pessoa do singular do presente do indicativo (ele retém) e acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo (eles retêm).
A frase certa, então, é a seguinte:

Conforme o médico nos prevenira, seu organismo agora já retém o cálcio.

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28- Sem que ninguém tivesse ................, o próprio menino ....................-se contra os falsos amigos.
  • intervindo – precaviu
  • intervindo – precaveio
  • intervido – precaveu
  • intervido – precaveio
  • intervindo – precaveu
Os verbos derivados de ter e de vir (aqueles cuja primeira pessoa do singular do presente do indicativo é terminada em -tenho e em –venho) têm a mesma conjugação de ter e de vir.
Intervir é derivado de vir, pois Todos os dias eu intervenho, e não eu intervo. É, portanto, conjugado da mesma maneira de vir. Basta conjugar vir e acrescentar o prefixo inter- à estrutura verbal: Sem que ninguém tivesse vindo..., então Sem que ninguém tivesse intervindo...

O verbo precaver, que também pode ser pronominal (precaver-se) tem conjugação especial: No presente do indicativo só existem as pessoas nós e vós: nós precavemos, vós precaveis. É, então, um verbo defectivo. Nos demais tempos tem conjugação idêntica à do verbo escrever:

- Eu escrevi, portanto Eu precavi
- Ele escreveu, portanto Ele precaveu, “...o próprio menino precaveu-se contra os falsos amigos”.

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29- Caso .................. realmente interessado, ele não ................ de faltar.
  • estiver – haja
  • esteja – houve
  • estivesse – houvesse
  • estivesse – havia
  • estiver – houve
Questão sem resposta, apesar de a Fundação Carlos Chagas ter apresentado a letra D (estivesse – havia).
Na Língua Portuguesa, há algumas interações entre alguns tempos verbais dignas de nota:
- O futuro do subjuntivo interage com o futuro do presente: Quando você for, eu também irei.
- O presente do subjuntivo interage com o futuro do presente: Caso você vá, eu também irei.
- O pretérito imperfeito do subjuntivo interage com o futuro do pretérito (jamais com o pretérito imperfeito do indicativo): Se você fosse, eu também iria (e não Se você fosse, eu também ia).
As interações possíveis na frase apresentada são as seguintes:
Caso estiver realmente interessado, ele não haverá de faltar. (futuro do subjuntivo x futuro do presente)
Caso esteja realmente interessado, ele não haverá de faltar. (presente do subjuntivo x futuro do presente)
Caso estivesse realmente interessado, ele não haveria de faltar. (pretérito imperfeito do subjuntivo x futuro do pretérito)

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30- Se algum dia a .............. chegar arrependida, ................ o teu ódio num forte abraço de perdão.
  • veres – esqueça
  • vires – esquecei
  • veres – esquece
  • vires – esqueça
  • vires – esquece
Frase iniciada pela conjunção condicional se ou pela conjunção temporal quando exige o verbo conjugado no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –am.
Ontem eles viram: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal vir. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu vir; Quando eu vir.
A segunda pessoa do singular (tu) do futuro do subjuntivo tem a desinência –es: Se tu vires; Quando tu vires.

Imperativo é o modo verbal que indica ordem, pedido, conselho, apelo. Forma-se o imperativo afirmativo de tu e de vós, conjugando o verbo no presente do indicativo e retirando a letra s: Todos os dias tu esqueces; retirando-se a letra s: Esquece o teu ódio.

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31- Quem .................. o Pedro, ou, pelo menos, ................ falar com ele, .............-o em meu nome.
  • ver – poder – advirta
  • vir – puder – adverta
  • vir – puder – advirta
  • ver – puder – adverta
  • vir – poder – adverta
Os verbos ver e poder estão usados em uma hipótese futura. Devem ser conjugados, portanto, no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –am.

Ontem eles viram: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal vir. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu vir; Quando eu vir; Quem vir o Pedro.

Ontem eles puderam: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal puder. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu puder; Quando eu puder; Quem puder falar com ele.

O verbo advertir tem conjugação semelhante à do verbo divertir:
Eu me divirto – Eu advirto / Ele se diverte – Ele adverte / Espero que você se divirta – Espero que você o advirta.
Imperativo é o modo verbal que indica ordem, pedido, conselho, apelo. Forma-se o imperativo afirmativo de você, de nós e de vocês, conjugando o verbo no presente do subjuntivo. O imperativo afirmativo de advertir para você é, portanto, advirta.
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32- Se você .............. no próximo domingo e .................. de tempo .................. assistir à final do campeonato.
  • vir – dispor – vá
  • vir – dispuser – vai
  • vier – dispor – vá
  • vier – dispuser – vá
  • vier – dispor – vai
Frase iniciada pela conjunção condicional se ou pela conjunção temporal quando exige o verbo conjugado no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –am.

Ontem eles vieram: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal vier. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu vier; Quando eu vier; Se você vier no próximo domingo.
Ontem eles puseram: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal puser. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu puser; Quando eu puser.Todos os verbos terminados em –por são derivados de pôr. Eles têm, portanto, conjugação idêntica à desse verbo: Se eu dispuser; Quando eu dispuser; Se você dispuser de tempo.
Imperativo é o modo verbal que indica ordem, pedido, conselho, apelo. Forma-se o imperativo afirmativo de você, de nós e de vocês, conjugando o verbo no presente do subjuntivo: Espero que você vá... O imperativo afirmativo de ir para você é, portanto, .

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33- Ele ............ que lhe .............. muitas dificuldades, mas enfim .............. a verba para a pesquisa.
  • receara – opusessem – obtera
  • receara – opusessem – obtivera
  • receiara – opossem – obtivera
  • receiara – oposessem – obtera
  • receara – opossem – obtera
Os verbos terminados em –ear são irregulares. Haverá o acréscimo da letra i ao radical das seguintes pessoas: eu, tu, ele e eles do presente do indicativo e eu, tu, ele e eles do presente do subjuntivo. Todas as demais pessoas de todos os demais tempos não têm o acréscimo de i. O certo, portanto, é Ele receara.

O verbo opor está indicando uma hipótese condicional, por isso deve ser conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –ram e acrescentando-se a desinência –sse.

Ontem eles puseram: retirando-se as letras –ram e acrescentado-se a desinência sse, forma-se a estrutura verbal pusesse. Esta é a base do pretérito imperfeito do subjuntivo: Se eu pusesse.

Todos os verbos terminados em –por são derivados de pôr. Eles têm, portanto, conjugação idêntica à desse verbo: Se eu opusesse; “... que lhe opusessem”.

Os verbos derivados têm conjugação idêntica à do verbo primitivo.

Para descobrir se os verbos terminados em vir, em ver e em ter são derivados de vir, de ver e de ter basta conjugá-los na primeira pessoa do singular do presente do indicativo (Tempo que caracterizamos com a frase Todos os dias...): se esta pessoa for terminada em venho, em vejo e em tenho, o verbo será derivado, respectivamente, de vir, de ver e de ter. Por exemplo:

Eu provenho, convenho, advenho, intervenho (verbos convir, advir e intervir): são, portanto, derivados de vir.

Eu prevejo, antevejo, revejo (verbos prever, antever e rever): são, portanto, derivados de ver.

Eu entretenho, retenho, mantenho, obtenho (verbos entreter, reter, manter e obter): são, portanto, derivados de ter.

- Ele viria, portanto O enxoval conviria...
- Eles vieram, portanto Os policiais intervieram...

O verbo obter deve ser conjugado como o verbo ter, pois Todos os dias eu obtenho. É, portanto, derivado de ter. Este se conjuga tivera, e não “tera”. O verbo obter, então, tem de ficar obtivera.

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34- Se você .............. e o seu irmão ..................., quem sabe você ................. o dinheiro.
  • requeresse – interviesse – reouvesse
  • requisesse – intervisse – reavesse
  • requeresse – intervisse – reavesse
  • requeresse – interviesse – reavesse
  • requisesse – interviesse – reouvesse
O verbo requerer tem conjugação especial: No presente do indicativo e no presente do subjuntivo tem conjugação idêntica à do verbo querer, exceto a primeira pessoa do presente do indicativo, que fica Eu requeiro. Nos demais tempos, tem conjugação regular, seguindo, por exemplo, a do verbo escrever: Se eu escrevesse – Se eu requeresse.

Intervir é derivado de vir, pois Eu intervenho. Toda a conjugação é, portanto, idêntica à do verbo vir: Se eu viesse – Se eu interviesse.

O verbo reaver tem conjugação especial: no presente do indicativo só existem as pessoas nós e vós: nós reavemos, vós reaveis. No presente do subjuntivo, nenhuma pessoa existe. É, portanto, verbo defectivo. Nos demais tempos, segue a conjugação de haver: Se houvesse – Se reouvesse.

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35- Indique a frase onde houver forma verbal incorreta:
  • Os vegetais clorofilados sintetizam seu próprio alimento.
  • Se ela vir de carro, chame-me.
  • Lembramos-lhes que o eucalipto é uma excelente planta para o reflorestamento.
  • Há rumores de que pode haver novo racionamento de gasolina.
  • Ele intermedeia o negócio.
Frase iniciada pela conjunção condicional se ou pela conjunção temporal quando exige o verbo conjugado no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –am.

Ontem eles vieram: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal vier. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu vier; Quando eu vier; Se ela vier de carro.
O verbo intermediar tem conjugação especial: no presente do indicativo e no presente do subjuntivo, as pessoas eu, tu, ele e eles têm o acréscimo da letra e ao radical: eu intermedeio, ele intermedeia, eles intermedeiam; que eu intermedeie, que eles intermedeiem.
O mesmo ocorre com os verbos mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar.
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36- Onde não há erro na forma verbal?
  • Minha mãe hesitou; tu não hesitastes.
  • Esta página vale por meses; quero que valha para sempre.
  • Tu tiveste dezessete anos; vós tivesteis sempre a mesma idade.
  • A análise das minhas emoções é que entrava no meu plano; vós não entravais.
  • Achavam-se lindo e diziam-no; achaveis-me lindo e dizíeis-mo.
O pretérito perfeito do indicativo é o único tempo em que a segunda pessoa do singular não possui a desinência s: ste é a desinência referente a tu; stes, referente a vós: tu não hesitaste; tu tiveste; vós tivestes.

Em três tempos verbais, na segunda pessoa do plural (vós), há a troca da vogal a pela vogal e:

- pretérito imperfeito do indicativo (vós entráveis)
- pretérito mais-que-perfeito do indicativo (vós entráreis)
- futuro do pretérito (vós entrareis)

A forma verbal da segunda pessoa do plural (vós) recebe acento nos seguintes tempos:
- pretérito imperfeito do indicativo (vós acháveis)
- pretérito mais-que-perfeito do indicativo (vós acháreis)
- futuro do pretérito (vós acharíeis)
- pretérito imperfeito do subjuntivo (se vós achásseis)

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37- onde há erro?
  • Não chores, cala, suporta a tua dor.
  • Não chore, cala, suporta a tua dor.
  • Não chora, cale, suporte a sua dor.
  • Não chores, cales, suportes a sua dor.
  • Não chores, cale, suporte a tua dor.
Imperativo é o modo verbal que indica ordem, pedido, conselho, apelo.
Forma-se o imperativo afirmativo de tu e de vós, conjugando o verbo no presente do indicativo e retirando a letra s da estrutura verbal: Todos os dias tu calas, tu suportas; retirando-se a letra s: cala; suporta
Forma-se o imperativo afirmativo de você, de nós e de vocês, conjugando o verbo no presente do subjuntivo: Espero que você cale, que você suporte.

Forma-se o imperativo negativo de todas as pessoas, conjugando o verbo no presente do subjuntivo: Espero que tu chores, que você chore, que vocês chorem: Não chores, tu; Não chore, você.

A frase apresentada tem duas possibilidades: ser conjugada na segunda pessoa do singular (tu) ou na terceira (você). Se usar o pronome possessivo de segunda pessoa (tua), os verbos têm de ser conjugados na segunda pessoa:
Não chores; cala, suporta a tua dor.
Se usar o pronome possessivo na terceira pessoa (sua), os verbos têm de ser conjugados na terceira pessoa:
Não chore, cale, suporte a sua dor.
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38- Aponte onde a segunda forma está incorreta como plural da primeira:
  • Tu ris – vós rides
  • Ele lê – eles leem
  • Ele tem – eles têm
  • Ele vem – eles vêem
  • Eu ceio – nós ceamos
Veem é a terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ver. A do verbo vir é Eles vêm.

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39- A correlação está correta em qual opção?
  • Se você não interferisse, ele faria o trabalho sozinho.
  • Se você não interferir, ele fazia o trabalho sozinho.
  • Se você não interferir, ele faria o trabalho sozinho.
  • Se você não interfere, ele faria o trabalho sozinho.
  • Se você não interferisse, ele faz o trabalho sozinho.
Frase iniciada pela conjunção condicional se ou pela conjunção condicional caso exige o verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo.

Na Língua Portuguesa, há algumas interações entre alguns tempos verbais dignas de nota:

- O futuro do subjuntivo interage com o futuro do presente: Quando você for, eu também irei.
- O presente do subjuntivo interage com o futuro do presente: Caso você vá, eu também irei.
- O pretérito imperfeito do subjuntivo interage com o futuro do pretérito (jamais com o pretérito imperfeito do indicativo): Se você fosse, eu também iria (e não Se você fosse, eu também ia).

As interações possíveis na frase apresentada são as seguintes:

Se você não interferisse, ele faria o trabalho sozinho.
Se você não interferir, ele fará o trabalho sozinho.

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40- Onde há o pretérito mais-que-perfeito do verbo ser?
  • Não seria o caso de você se acusar?
  • Quando cheguei, ele já se fora, muito zangado.
  • Se não fosse ele, tudo estaria perdido.
  • Bem depois se soube que não fora ele o culpado.
  • Embora não tenha sido divulgado, soube-se do caso.
O pretérito mais-que-perfeito do indicativo indica ação que ocorreu antes de outra ação ocorrida no pretérito perfeito do indicativo. É sempre terminado em ara, era, ira ou ora. Somente dois verbos são terminados em ora: ir e ser:

Ser: Ontem, quando você foi herói, eu já fora; Bem depois se soube que não fora ele o culpado.

Ir: Ontem, quando você foi embora, eu já fora; Quando cheguei, ele já se fora.

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41- Leia com atenção:
I- Pôr, eu ponho, mas e se na hora eu não pôr?
II – Valer, eu valho, mas e se na hora eu não valer?
III- Poder, eu posso, mas e se na hora eu não poder?
IV- Caber, eu caibo, mas e se na hora eu não couber?

Quais os períodos certos quanto ao uso dos verbos?

Frase iniciada pela conjunção condicional se exige verbo no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –am.

Ontem eles puseram; Ontem eles valeram; Ontem eles puderam; Ontem eles couberam: retirando-se as letras –am, formam-se as estruturas verbais puser, valer, puder e couber.

Esta é a base do futuro do subjuntivo:
Se na hora eu não puser?
Se na hora eu não valer?

Se na hora eu não puder?

Se na hora eu não couber?

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42- Em qual opção a forma verbal grifada não substitui adequadamente a do período I?
  • I - Economistas afirmaram que já foi descoberto o remédio para a inflação no Brasil.
II- Economistas afirmaram já ter sido descoberto o remédio para a inflação no Brasil.

  • I- Não souberam ou não quiseram dizer para onde você tinha ido.
II- Não souberam ou não quiseram dizer para onde você fora.

  • I- Eram passados já muitos anos, desde o acidente.
II- Haviam passado já muitos anos, desde o acidente.

  • I- Honrarás a teu pai e a tua mãe.
II- Honra a teu pai e a tua mãe.

  • I- Ao chegar à sua casa, o seu amigo já terá partido.
II- Ao chegar à sua casa, o seu amigo já partirá.

As formas verbais terá partido e partirá não têm o mesmo sentido, pois terá partido indica ação anterior à ação de chegar, e partirá, ação posterior.

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43- A forma passiva correspondente ao enunciado Vi, no claro azul do céu, um papagaio de papel, alto e largo, é a seguinte:
  • O garoto viu, no claro azul do céu, um papagaio de papel, alto e largo.
  • Um papagaio de papel, alto e largo, estava sendo visto pelo menino, no claro azul do céu.
  • No claro azul do céu, era visto um papagaio de papel, alto e largo, por mim.
  • Alto e largo, um papagaio de papel foi visto por mim no claro azul do céu.
  • Foi visto pelo menino, no claro azul do céu, um papagaio de papel.
Os verbos transitivos diretos admitem transformação da voz ativa para a voz passiva, além de obedecer, pagar e perdoar, que não são VTDs.
Para passar uma oração da voz ativa para a voz passiva, procede-se da seguinte maneira:
- O objeto direto se transforma em sujeito da voz passiva;
- O VTD passa a ser o verbo principal de uma locução verbal cujo verbo auxiliar é o verbo ser (em alguns casos, estar). O verbo ser tem de ficar no mesmo tempo e modo do VTD da voz ativa, e o VTD, na voz passiva, fica no particípio.
- o sujeito se transforma em agente da passiva, sempre antecedido pela preposição por (em alguns casos, pela preposição de).

A frase apresentada tem a seguinte estrutura sintática:
Voz ativa: Vi, no claro azul do céu, um papagaio de papel, alto e largo
Sujeito: eu
VTD: vi (pretérito perfeito do indicativo)
OD: um papagaio de papel, alto e largo
Voz passiva: Um papagaio de papel, alto e largo, foi visto por mim, no claro azul do céu.
Obs.: A ordem dos termos pode ser qualquer outra:
Por mim, no claro azul do céu, um papagaio de papel foi visto, alto e largo.
Visto por mim um papagaio de papel foi no claro azul do céu, alto e largo.

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Nas questões de 44 a 46, assinale a opção cujo período apresente erro na sintaxe ou na morfologia das formas verbais:

44-
  • Se não provessem os estoques do governo com a necessária antecedência, dificuldades maiores adviriam na entressafra.
  • Se eles interporem um novo recurso contra a decisão dos diretos, é possível que seja aceita a argumentação que apresentaram.
  • Exige-se que as amostras não difiram significativamente do padrão oficial e que se expeça o respectivo laudo da fiscalização.
  • Por não se preverem as consequências do novo decreto, deixaram de ser tomadas medidas que contivessem o aumento de custos.
  • O governo não interveio nem pretende intervir no mercado, embora as informações se contradissessem.
- Prover (= abastecer): conjugação regular, como qualquer verbo terminado em –er (como modelo, conjugue-o como escrever), com exceção do presente do indicativo e do presente do subjuntivo, cuja conjugação segue a do verbo ver: Se não escrevessem = Se não provessem.

- Advir: derivado de vir. Tem, portanto, conjugação idêntica à de vir: Eles viriam = Eles adviriam.

- Interpor: derivado de pôr. Tem, portanto, conjugação idêntica à de pôr: Se eles puserem = Se eles interpuserem.

- Diferir: conjugação idêntica à do verbo preferir: Que eles prefiram = Que eles difiram.

- Expedir: conjugação idêntica à do verbo pedir: Que ele peça = Que ele expeça.

- Prever: derivado de ver. Tem, portanto, conjugação idêntica à de ver: Por não verem as condições = Por não se preverem as condições.

- Intervir: derivado de vir. Tem, portanto, conjugação idêntica à de vir: Ele não veio = O Governo não interveio.

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45-
  • Haviam, entre os meses de outubro e dezembro, ocorrido pancadas de chuva tão violentas que as estradas estavam em péssimas condições.
  • Se houver desistências, as vagas poderão ser preenchidas por candidatos sem habilitação legal.
  • Embora muitas dificuldades houvessem surgido, os trabalhos foram concluídos em tempo hábil.
  • Todas as opiniões que houvesse entre os participantes do encontro seriam debatidas democraticamente.
  • Ninguém sabe se vão haver ou não novas inscrições para o concurso anunciado há duas semanas.
O verbo haver é impessoal quando significar existir, acontecer ou ocorrer ou ainda quando indicar tempo decorrido. Nesses casos, fica obrigatoriamente na terceira pessoa do singular. Se formar locução verbal, o auxiliar também tem de ficar no singular.

Ninguém sabe se acontecerão novas inscrições = Ninguém sabe se haverá novas inscrições = Ninguém saber se vai haver novas inscrições.

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46-
  • É necessário que se intermedeiem os conflitos étnicos para que a paz seja preservada.
  • Segundo pressupuseram especialistas, novas bactérias, de extraordinária resistência, estão surgindo nos hospitais.
  • Ao não se aterem aos liames previstos para a pesquisa, corriam o risco de falsear os resultados.
  • Sem que se transgridam os modelos convencionais, os prejuízos jamais poderão ser reavidos.
  • Se não sobrevirem novos problemas, serão satisfeitas todas as exigências do contrato assinado.
- Intermediar: As formas rizotônicas (eu, tu, ele e eles do presente do indicativo e eu, tu, ele e eles do presente do subjuntivo) se conjugam como os verbos terminados em –ear. Por exemplo: passear: Que eles passeiem = Que se intermedeiem. O mesmo acontece com os verbos mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar.

- Pressupor: derivado de pôr. Tem, portanto, conjugação idêntica à de pôr: Eles puseram = eles pressupuseram.

- Ater: derivado de ter. Tem, portanto, conjugação idêntica à de ter: Ao terem = Ao se aterem.

- Transgredir: derivado de agredir. Tem, portanto, conjugação idêntica à de agredir: Que eles não se agridam = que transgridam.

- Sobrevir: derivado de vir. Tem, portanto, conjugação idêntica à de vir: Se não vierem = Se não sobrevierem.

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47- Em Se aceitas a comparação distinguirás..., se a forma aceitas for substituída por aceitasses, a forma distinguirás deverá ser alterada para:
  • vais distinguir
  • distinguindo
  • distingues
  • distinguirias
  • terás distinguido
A forma aceitasses está no pretérito imperfeito do subjuntivo. Este tempo forma período composto com o futuro do pretérito do indicativo, tempo estruturado com a desinência ria: Se aceitasses a comparação distinguirias.

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48- Quanto a mim, se vos disser que li o bilhete três ou quatro vezes, naquele dia, acreditai-o, que é verdade; se vos disser mais que o reli no dia seguinte, antes e depois do almoço, podeis crê-lo, é a realidade pura. Mas se vos disser a comoção que tive, duvidai um pouco da asserção, e não a aceiteis sem prova.” Mudando o tratamento para a terceira pessoa do plural, as expressões sublinhadas passam a ser:

  • lhes disser; acreditem-no; podem crê-lo; duvidem; não a aceitem.
  • lhes disserem; acreditem-lo; podem crê-lo; duvidam; não a aceitem.
  • lhe disser; acreditam-no; podem crer-lhe; duvidam; não a aceitam.
  • lhe disserem; acreditem-no; possam crê-lo; duvidassem; não a aceites.
  • lhes disser; acreditem-o; podem crê-lo; duvidem; não lhe aceitem.
Tratamento para a terceira pessoa do plural é correspondente ao pronome de tratamento vocês.

- Se eu disser a vocês = Se lhes disser, pois Quem diz, diz algo a alguém. O verbo dizer é VTDI que exige a preposição a diante do objeto indireto. Este, portanto, tem de ser representado pelo pronome lhe(s). Como a mudança tem de ser realizada para vocês, o pronome tem de ser lhes.

- Acreditem-no, pois há um conselho, portanto o verbo acreditar está conjugado no modo imperativo, que, para a terceira pessoa do plural, provém do presente do subjuntivo: Espero que vocês acreditem. Quando a estrutura verbal de um verbo transitivo direto terminar em M, o pronome o, que funciona como objeto direto, se transforma em no. Os verbos acreditar, crer, precisar e necessitar tanto podem ser VTD como VTI. Na frase, acreditar está usado como VTD: Quem acredita, acredita algo.

- Podem crê-lo, pois o verbo poder está conjugado no presente do indicativo: eu posso, tu podes, ele pode, nós podemos, vós podeis, eles podem. Quando a estrutura verbal de um verbo transitivo direto terminar em R, o pronome o, que funciona como objeto direto, se transforma em lo. Os verbos acreditar, crer, precisar e necessitar tanto podem ser VTD como VTI. Na frase, crer está usado como VTD: Quem crê, crê algo.

- Duvidem, pois há um conselho, portanto o verbo duvidar está conjugado no modo imperativo, que, para a terceira pessoa do plural, provém do presente do subjuntivo: Espero que vocês duvidem.

- Não a aceitem, pois há um conselho, portanto o verbo aceitar está conjugado no modo imperativo, que, para a terceira pessoa do plural, provém do presente do subjuntivo: Espero que vocês aceitem. Deve-se usar o pronome a, e não lhe, por se tratar de um verbo transitivo direto: Quem aceita, aceita algo.

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49- “... e antes nunca houvesse aberto o bico...”; “Assim da tua vanglória há muitos que se ufanam.” Nestas passagens, o verbo haver é, respectivamente:
  • auxiliar e auxiliar
  • auxiliar e impessoal
  • impessoal e impessoal
  • principal e auxiliar
  • principal e impessoal
Em houvesse aberto, o verbo haver é auxiliar de locução verbal; aberto é o principal.
Em há muitos, o verbo haver é impessoal, pois significa existir.

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50- A transformação passiva da frase “A religião te inspirou esse anúncio” apresentará o seguinte resultado:

  • Tu te inspiraste na religião para esse anúncio.
  • Esse anúncio inspirou-se na tua religião.
  • Tu foste inspirado pela religião nesse anúncio.
  • Esse anúncio te foi inspirado pela religião.
  • Tua religião foi inspirada nesse anúncio.
Os verbos transitivos diretos admitem transformação da voz ativa para a voz passiva, além de obedecer, pagar e perdoar, que não são VTDs.

Para passar uma oração da voz ativa para a voz passiva, procede-se da seguinte maneira:

- O objeto direto se transforma em sujeito da voz passiva;
- O VTD passa a ser o verbo principal de uma locução verbal cujo verbo auxiliar é o verbo ser (em alguns casos, estar). O verbo ser tem de ficar no mesmo tempo e modo do VTD da voz ativa, e o VTD, na voz passiva, fica no particípio.
- o sujeito se transforma em agente da passiva, sempre antecedido pela preposição por (em alguns casos, pela preposição de).

A frase apresentada tem a seguinte estrutura sintática:
Voz ativa: A religião te inspirou esse anúncio
Sujeito: A religião
VTDI: inspirou (pretérito perfeito do indicativo)
OD: esse anúncio
OI: te
O OI se mantém da mesma forma na transformação.
Voz passiva: Esse anúncio foi-te inspirado pela religião.
Obs.: A ordem dos termos pode ser qualquer outra:
Esse anúncio te foi inspirado pela religião.
Pela religião este anúncio te foi inspirado.

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51- “Ficam desde já excluídos os sonhadores, os que amem o mistério e procurem justamente esta ocasião de comprar um bilhete na loteria da vida.” Se a primeira frase fosse volitiva, e o segundo e terceiro verbos grifados conotassem ação no plano da realidade, teríamos, respectivamente, as seguintes formas verbais:

  • fiquem, amassem, procurassem
  • ficavam, tenham amado, tenham procurado
  • ficariam, amariam, procurariam
  • fiquem, amam, procuram
  • ficariam, tivessem amado, tivessem procurado
Verbo volitivo é aquele que expressa a vontade do emissor, e isso é caracterizado por meio do modo imperativo.
O imperativo para a terceira pessoa do plural do verbo ficar é fiquem.
Ação no plano da realidade significa fato, e isso é representado pelo modo indicativo, por isso os verbos amar e  procuram devem ser conjugados nesse modo: eles amam; eles procuram.
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